Autor: terapeutaconecta

  • A Jornada de Recuperação de Uma Adicta

    A Jornada de Recuperação de Uma Adicta

    Quando decidi pedir ajuda, há nove anos, eu não imaginava que minha vida seria completamente transformada. Nunca pensei que encontraria uma nova maneira de viver, nem que entenderia que sou apenas mais uma adicta. Descobri que a resposta para todos os meus problemas estava em um programa criado por pessoas que passaram pelas mesmas dores que eu. Com alguns passos simples, consegui sair de uma vida marcada por obsessões, compulsões e egocentrismo.

    O Início da Jornada

    No início, eu não sabia que estava doente, nem conseguia identificar onde tudo havia começado. Eu apenas me sentia diferente de tudo ao meu redor. Achava que a origem dos meus problemas estava em uma infância negligenciada, marcada por abusos e estupros até os 15 anos de idade. Mesmo assim, naquela época, ainda não tinha começado a usar drogas compulsivamente.

    Aos 18 anos, me mudei para o Rio de Janeiro e, aqui, descobri que minha mãe também era usuária. Eu não fazia ideia de que ela também era doente. Com o tempo e muita recuperação, percebi que ela nunca foi culpada por ter usado drogas comigo. Nos primeiros meses do meu processo de recuperação, sentia muita raiva e acreditava que ela era a responsável por eu ter chegado ao fundo do poço. Foi o programa de 12 passos que me ensinou o significado do perdão e me mostrou que minha mãe também precisava de ajuda.

    Chegando ao Fundo do Poço

    Aos 28 anos, atingi o fundo do poço. Foram dez anos de justificativas, fugas geográficas, relacionamentos tóxicos e autodestruição física, mental e espiritual. Eu estava tão perdida que cogitei tirar a vida da minha filha e a minha, achando que essa era a única saída para acabar com o sofrimento.

    Mas, então, o melhor aconteceu: pedi ajuda. Me rendi, saí do ciclo vicioso e ingressei em um programa de 12 passos. Foi ali que entendi que eu não tinha culpa por estar naquela situação ou por ser uma doente. Porém, aprendi que tinha total responsabilidade pela minha recuperação.

    A Vida em Recuperação

    Felizmente, não tirei a vida da minha filha. Hoje, ela tem 14 anos, me ama e sente orgulho de mim. Minha mãe também ingressou na mesma irmandade algum tempo depois. Ela conseguiu ficar dois anos limpa antes de falecer devido a uma doença decorrente da adicção. Foi um exemplo de força e entrega.

    Hoje, estou limpa há nove anos e algumas 24 horas. Continuo frequentando os mesmos lugares onde encontrei a recuperação, praticando o programa de 12 passos diariamente. Sou grata, sou feliz e vivo em eterna vigilância.

    Levo essa mensagem para outros adictos, sou produtiva e sou uma mãe que minha filha admira. Não sinto mais vontade de tirar minha vida e vivo um dia de cada vez, com a certeza de que a recuperação funciona.

    Por Que Compartilhar Essa História?

    Se você ou alguém que conhece precisa de ajuda, saiba que é possível sair do ciclo vicioso. A recuperação é um caminho desafiador, mas transformador. Não hesite em buscar apoio.

    Lembre-se: um dia de cada vez.

    Agradecemos imensamente à pessoa anônima por compartilhar sua história inspiradora, mostrando que a recuperação é possível e transformadora.

  • Co-Dependência: Compreendendo e Rompendo o Ciclo

    Co-Dependência: Compreendendo e Rompendo o Ciclo

    A co-dependência é um fenômeno que, apesar de surgir de forma sutil, pode impactar profundamente nossas emoções, decisões e relacionamentos. É como se nossa vida ficasse “engatada” na jornada de outra pessoa, muitas vezes um dependente químico, levando-nos a tentar controlar ou salvar essa pessoa a qualquer custo.

    Neste artigo, vamos explorar como identificar a co-dependência, entender suas causas e buscar caminhos para a libertação e cura.


    O Que é Co-Dependência?

    A co-dependência ocorre quando nossas emoções, escolhas e identidade giram em torno de outra pessoa. Isso pode nos levar a padrões prejudiciais, como:

    • Sentir-se culpado ou responsável pelos comportamentos ou escolhas do outro.
    • Repetir padrões de sofrimento, onde o caos se torna a norma em nossas relações.

    Se você se identificou com esses sinais, não se julgue. Reconhecer o problema é o primeiro passo para a mudança.


    O Que Nos Liga à Co-Dependência?

    Alguns fatores contribuem para o surgimento da co-dependência, como:

    • Famílias disfuncionais: Crescer em ambientes de abuso, dependência ou negligência.
    • Padrões emocionais aprendidos: Associar amor com sofrimento ou controle.
    • Medo da rejeição ou abandono: Aceitar relações que consomem energia e autoestima.

    Entender esses fatores ajuda a reconhecer que, muitas vezes, buscamos no outro a validação ou o preenchimento de algo que falta dentro de nós.

    Como Romper o Ciclo?

    A libertação da co-dependência começa com passos práticos e conscientes:

    1. Autoconsciência

    Reconheça seus padrões de comportamento e as emoções que os sustentam. Terapia ou grupos de apoio, como os Al-Anon, podem ser cruciais nesse processo.

    2. Prática do Desapego

    Entenda que você não pode salvar o outro; a mudança precisa partir dele. Respeitar o livre-arbítrio não é falta de amor, mas uma forma de amor verdadeiro.

    3. Autocuidado

    Invista no seu bem-estar emocional e físico. Foque no autoconhecimento para reconstruir sua identidade fora do ciclo de dependência.


    Conclusão

    A co-dependência é uma dinâmica desafiadora, mas possível de ser superada. Por meio do autocuidado, do autoconhecimento e do apoio profissional ou em grupo, podemos construir relações mais saudáveis e significativas.

    Se você está enfrentando a co-dependência ou conhece alguém que precisa de ajuda, o Terapeuta Conecta está aqui para apoiar.

    Lembre-se: Romper o ciclo da co-dependência é um ato de amor por si mesmo e pelos outros.

    Fonte: Tirado da literatura de amor exigente.

    Compreensão por Jairo Telles.

    Jairo TellesTerapeuta – Conselheiro Pleno em dependência química.

    Projeto @recuperacaoinfoco

  • Independência Emocional em Relacionamentos: Por que é Essencial Falar Sobre Isso?

    Independência Emocional em Relacionamentos: Por que é Essencial Falar Sobre Isso?

    A dependência emocional é um tema que precisa ser discutido com urgência. Apesar de frequentemente ignorada, ela pode causar graves impactos na saúde mental e física, especialmente em relacionamentos conjugais. Estudos revelam que mulheres que enfrentam esse tipo de dependência sofrem com sentimentos de culpa, medo do abandono, vazio emocional, ansiedade, depressão e, em muitos casos, são vítimas de violência doméstica.

    O Ciclo da Violência e a Dependência Emocional

    A permanência da mulher ao lado de um parceiro agressor frequentemente contribui para a manutenção do ciclo da violência. A dependência emocional faz com que muitas vítimas acreditem em promessas de mudança e se sujeitem a situações degradantes, perpetuando relações abusivas.

    Essa dinâmica, alimentada por estereótipos sociais que colocam a mulher em posição de submissão, precisa ser rompida. A conscientização é o primeiro passo para reconhecer e combater o problema. A sociedade tem o dever de discutir essa questão de forma ampla e buscar soluções que promovam a independência emocional e a saúde mental das vítimas.

    Apego Patológico: Um Vínculo Tóxico

    Relacionamentos saudáveis são baseados em equilíbrio e respeito. Contudo, quando o apego se torna patológico, ele pode se direcionar a figuras abusivas, criando uma relação desadaptativa. Isso resulta em danos psicológicos profundos, falta de autonomia e isolamento social.

    Essa dependência é alimentada por padrões aprendidos desde a infância, que perpetuam a ideia de submissão feminina e reforçam comportamentos tóxicos. Em muitos casos, a terapia é fundamental para ajudar a romper esses padrões e permitir que a mulher resgate sua autoestima, autonomia e capacidade de estabelecer vínculos saudáveis.

    Por que a Terapia é Essencial?

    A terapia é uma ferramenta poderosa para aqueles que enfrentam dependência emocional. Por meio dela, é possível:

    • Identificar padrões de comportamento dependente.
    • Reconhecer as raízes emocionais da dependência.
    • Desenvolver autoestima e autoconfiança.
    • Aprender a estabelecer limites saudáveis em relacionamentos.

    A dependência emocional é um desafio, mas não é um caminho sem saída. Com o apoio terapêutico adequado, é possível superar esse problema e construir relações baseadas em amor-próprio e respeito mútuo.

    Conclusão

    A independência emocional é uma conquista que transforma vidas. Ao discutir abertamente sobre o tema, podemos ajudar mais pessoas a romper com padrões tóxicos, fortalecer sua autoestima e criar um futuro livre de violência e sofrimento emocional.

    Se você ou alguém que conhece enfrenta desafios com dependência emocional, procure apoio profissional. No Terapeuta Conecta, você encontra terapeutas especializados prontos para ajudar. Dê o primeiro passo hoje e transforme sua vida.

    Bernadette Barbosa – Psicóloga – CRP 21/01300 Especialista em Saúde Mental

  • Tratamento Ambulatorial e Hospital Dia: Qual é o Melhor para o Tratamento de Dependência Química?

    Tratamento Ambulatorial e Hospital Dia: Qual é o Melhor para o Tratamento de Dependência Química?

    A dependência química é um problema que afeta muitas pessoas e pode ser um grande desafio para quem está buscando ajuda. Felizmente, existem opções de tratamento que ajudam os pacientes a se recuperarem e retomarem suas vidas. Entre essas opções estão o tratamento ambulatorial e o hospital dia. Mas o que cada uma dessas modalidades significa e para quem elas são indicadas? Vamos explicar de forma simples.

    Tratamento Ambulatorial: Quando o Paciente Segue com a Rotina

    O tratamento ambulatorial é indicado para quem consegue seguir com a rotina do dia a dia – como trabalhar, estudar e estar com a família – enquanto faz o acompanhamento médico e terapêutico. Isso funciona bem para pessoas que estão em estágios iniciais da dependência ou que têm um bom apoio de amigos e familiares.

    Como funciona?

    • O paciente vai ao consultório ou clínica algumas vezes por semana para conversar com médicos e terapeutas.
    • Ele pode continuar morando em casa e realizando suas atividades normalmente.

    Vantagens:

    • Flexibilidade: é possível adaptar o tratamento à rotina do paciente.
    • Mais barato: como não é necessário ficar internado, os custos são menores.

    Desafios:

    • Precisa de apoio constante: quem escolhe essa opção precisa de suporte emocional, pois continuará exposto ao ambiente que pode ter causado o vício.

    Hospital Dia: Tratamento Intensivo Sem Internação

    Já o hospital dia é um meio-termo entre ficar internado e o tratamento ambulatorial. Aqui, o paciente passa boa parte do dia na clínica ou hospital, mas volta para casa à noite. Essa é uma boa escolha para quem precisa de mais cuidado e atenção, mas não quer ou não precisa ficar internado 24 horas por dia.

    Como funciona?

    • Durante o dia, o paciente participa de várias atividades, como terapia de grupo, aulas de relaxamento, exercícios e consultas médicas.
    • Ao final do dia, ele volta para casa, podendo estar perto da família.

    Vantagens:

    • Cuidados mais intensivos do que no tratamento ambulatorial.
    • Menos isolador: o paciente não fica longe de tudo e de todos, como acontece na internação completa.

    Desafios:

    • Exige dedicação: a programação diária é cheia, o que pode ser cansativo.
    • Custo intermediário: é mais caro que o tratamento ambulatorial, mas mais acessível que uma internação integral.

    Qual Escolher?

    A escolha depende do que o paciente precisa e do nível de apoio que tem ao redor.

    • Se o caso é leve e o paciente tem um bom suporte de amigos e familiares, o tratamento ambulatorial pode ser suficiente.
    • Se o caso é mais complicado, com recaídas frequentes ou mais necessidade de supervisão, o hospital dia pode ser a melhor opção.

    Sempre é importante conversar com um profissional de saúde para tomar essa decisão. Afinal, cada pessoa é única e precisa de um plano personalizado para conseguir se recuperar.

    A Importância de Pedir Ajuda

    Seja qual for a escolha, o mais importante é buscar ajuda. Dependência química não é um problema que a pessoa pode resolver sozinha. Com apoio profissional, amor da família e dedicação, é possível mudar de vida e superar esse desafio.

    Se você ou alguém que você conhece está enfrentando esse problema, não hesite em buscar informações e começar o tratamento. Existem diversas clínicas especializadas que podem ajudar a encontrar o melhor caminho.

    Fontes Consultadas:

    1. Academia.edu
    2. PePSIC – BVS
    3. Hospital Santa Mônica
  • Como Funciona o Tratamento de Drogas?

    Como Funciona o Tratamento de Drogas?

    Tudo o Que Você Precisa Saber para Buscar Ajuda

    Enfrentar a dependência de drogas não é fácil, tanto para quem está passando por isso quanto para a família e amigos que querem ajudar. Mas a boa notícia é que há solução. O tratamento de dependência química pode transformar vidas e trazer esperança de um futuro melhor. Vamos explicar de forma simples como ele funciona e por onde começar.

    O Que é o Tratamento de Dependência Química?

    O tratamento de drogas é um conjunto de passos e cuidados para ajudar a pessoa a deixar de usar substâncias como álcool, maconha, cocaína ou outras drogas. Ele não é apenas parar de usar a substância, mas também ajudar a pessoa a entender por que começou e como construir uma vida nova, sem dependência.

    Passos Importantes no Tratamento

    1. Conversa Inicial (Avaliação):
      O primeiro passo é procurar ajuda de um profissional, como um terapeuta ou médico. Eles vão conversar com a pessoa para entender o que está acontecendo, há quanto tempo usa drogas e quais são os efeitos disso na vida dela.
    2. Limpeza do Corpo (Desintoxicação):
      A próxima etapa é tirar a droga do organismo. Durante esse período, a pessoa pode sentir sintomas como ansiedade ou dificuldade para dormir. Por isso, é importante ter acompanhamento médico.
    3. Terapia (Apoio Emocional):
      A terapia ajuda a pessoa a lidar com os motivos que a levam a usar drogas. É um momento de entender sentimentos, encontrar novos caminhos e aprender a evitar recaídas.
    4. Grupos de Apoio:
      Participar de grupos como Narcóticos Anônimos (NA) ou Alcoólicos Anônimos (AA) faz muita diferença. Nesses grupos, a pessoa conhece outras que passaram por situações parecidas e compartilham experiências.
    5. Retomar a Vida:
      Depois das fases iniciais, o foco é ajudar a pessoa a reconstruir sua rotina, melhorar os relacionamentos e buscar novas oportunidades. Isso é muito importante para que ela se sinta motivada a continuar no caminho da recuperação.

    Como a Família Pode Ajudar?

    Apoiar quem está enfrentando a dependência de drogas é essencial. Aqui estão algumas dicas:

    Converse com Empatia: Ouça sem julgar. Demonstre que você quer ajudar.

    Busque Informação: Entenda mais sobre o tratamento e como ele funciona.

    Procure Ajuda Juntos: Participar de sessões de terapia ou grupos familiares pode ser muito útil para todos.

    Não É o Fim, É Um Novo Começo

    A dependência química é um problema sério, mas com o tratamento certo e o apoio necessário, é possível superá-la. O mais importante é dar o primeiro passo. Na Terapeuta Conecta, conectamos você com profissionais especializados que podem ajudar nesse processo.

    💬 Precisa de ajuda ou quer mais informações? Entre em contato com a gente!

    🔗 Fontes:

    1. Ministério da Saúde – Como Buscar Ajuda

    Você não está sozinho. Juntos, podemos transformar vidas! 🌟