Autor: terapeutaconecta

  • O Uso de Substâncias: Entre Perdas e Ganhos na Jornada da Recuperação

    O Uso de Substâncias: Entre Perdas e Ganhos na Jornada da Recuperação

    Por Alcinir Pessanha – Terapeuta. Uma reflexão sobre a frase: Todas as nossas escolhas têm perdas e ganhos, por vezes as perdas são ganhos, porém demoramos a perceber
    (Patrícia de Menezes)

    O uso de substâncias é um tema complexo e multifacetado, no qual cada decisão traz consigo um conjunto de perdas e ganhos. Muitos indivíduos recorrem a essas substâncias em busca de alívio, prazer momentâneo ou uma fuga temporária dos problemas cotidianos. Em um primeiro momento, há um ganho aparente: a sensação de euforia ou tranquilidade pode parecer benéfica. No entanto, essa percepção superficial frequentemente ofusca as perdas subjacentes.

    O Custo Invisível do Uso de Substâncias

    Com o tempo, o uso contínuo de substâncias pode gerar impactos negativos na saúde física e mental, afetar relacionamentos interpessoais e comprometer o desempenho acadêmico e profissional. O custo dessas escolhas não é apenas financeiro, mas também emocional e social. Amigos e familiares podem sentir o impacto dessas decisões, resultando em perda de confiança e distanciamento.

    O abuso de substâncias também pode levar ao isolamento e ao desenvolvimento de transtornos psicológicos, como ansiedade e depressão. A dependência não afeta apenas quem consome, mas também toda a rede de apoio ao seu redor.

    Transformando Perdas em Ganhos

    Curiosamente, é nas perdas que encontramos a oportunidade para um verdadeiro ganho. Ao reconhecer os danos causados pelo uso de substâncias, muitas pessoas iniciam uma jornada de autodescoberta e recuperação. Esse processo pode trazer um novo sentido de propósito e uma compreensão mais profunda de si mesmo.

    Embora as perdas iniciais sejam perdas reais, elas podem, paradoxalmente, abrir caminho para um ganho maior: a reconexão com a vida, a reconstrução de relacionamentos e o reencontro com a saúde e o bem-estar.

    Escolher a Vida: O Maior Ganho

    Deixar o uso de substâncias nem sempre é fácil e frequentemente envolve enfrentar desafios significativos. Essa escolha, muitas vezes percebida como uma perda de liberdade ou do prazer imediato, pode ser, na verdade, o ganho mais importante de todos.

    O processo de recuperação envolve a valorização da própria vida e a capacidade de viver plenamente, sem as correntes da dependência. Com o tempo, muitas pessoas descobrem que as perdas iniciais não são perdas reais, mas sim o início de uma jornada de crescimento e transformação.

    Se você ou alguém que conhece está enfrentando desafios relacionados ao uso de substâncias, saiba que buscar ajuda é um passo essencial. O Terapeuta Conecta está aqui para apoiar essa caminhada rumo a uma vida mais saudável e equilibrada.

  • O Papel da Vergonha e da Culpa na Manutenção da Dependência

    O Papel da Vergonha e da Culpa na Manutenção da Dependência

    Por Ana Luisa Guayer – Psicóloga

    A dependência química afeta não apenas o corpo e o meio social, mas também as emoções de quem enfrenta esse desafio. Entre os sentimentos mais comuns, a vergonha e a culpa podem dificultar a recuperação, desempenhando um papel fundamental na manutenção do vício.

    Vergonha e Culpa: Qual a Diferença?

    A culpa surge quando a pessoa percebe que fez algo errado e sente arrependimento. Já a vergonha é um sentimento mais profundo, que leva a pessoa a acreditar que ela mesma é errada ou sem valor.

    No contexto da dependência química, a culpa pode aparecer devido a atitudes prejudiciais durante o uso de substâncias, como mentir para a família ou não cumprir compromissos. A vergonha, por sua vez, pode gerar uma sensação de incapacidade de mudança, o que contribui para a continuidade do vício.

    Como a Vergonha e a Culpa Mantêm a Dependência?

    Esses sentimentos podem perpetuar o ciclo da dependência de várias formas:

    1. Isolamento Social

    Pessoas que sentem vergonha tendem a evitar contato social, afastando-se da família e dos amigos. Esse isolamento pode levar ao aumento do consumo de drogas como uma tentativa de aliviar a solidão e a tristeza.

    2. Autossabotagem

    O sentimento de não merecer uma vida melhor pode resultar na desistência do tratamento ou na recusa de pedir ajuda.

    3. Ciclo do Vício

    As substâncias químicas acabam sendo usadas como uma forma de fuga desses sentimentos negativos, reforçando o vício.

    4. Medo do Julgamento

    O receio do que os outros podem pensar impede que muitas pessoas procurem ajuda ou falem sobre seus problemas, dificultando a recuperação.

    Como Superar a Vergonha e a Culpa?

    É possível quebrar esse ciclo com estratégias eficazes, como:

    • Terapia e Grupos de Apoio – Participar de sessões terapêuticas ou de grupos de recuperação ajuda a lidar com esses sentimentos e buscar soluções.
    • Autocompaixão – Aprender a se perdoar e reconhecer o próprio valor é essencial para o processo de cura.
    • Fortalecimento de Relações – O apoio de amigos e familiares reduz o isolamento e incentiva a aceitação.
    • Foco no Presente e no Futuro – Em vez de se prender ao passado, é importante direcionar esforços para melhorar a vida daqui para frente.

    A vergonha e a culpa não precisam ser barreiras intransponíveis. Com apoio e as estratégias certas, é possível transformar esses sentimentos em aprendizado e crescimento, abrindo caminho para uma recuperação genuína e duradoura.

  • Alcoolismo na Adolescência

    Alcoolismo na Adolescência

    por Euzeni de Matos – Psicopedagoga, Neuropsicopedagoga e Psicanalista Clínica

    Introdução

    O consumo de álcool entre adolescentes é um problema crescente e preocupante em todo o mundo. Muitas vezes, essa prática é vista como normal ou até mesmo desejável, mas os riscos para a saúde física e mental são significativos.

    Por que os adolescentes começam a beber?

    1. Pressão Social

    A influência dos amigos, a vontade de se encaixar no grupo, a timidez e a curiosidade são fatores que levam muitos jovens a experimentar o álcool.

    2. Problemas Familiares

    Conflitos familiares, dificuldade de comunicação e questões relacionadas à identidade podem levar alguns adolescentes a buscar refúgio no álcool.

    3. Influência do Marketing

    A publicidade de bebidas alcoólicas é muitas vezes direcionada aos jovens. O fácil acesso à compra também contribui para a normalização do consumo.

    Quais os riscos do consumo de álcool na adolescência?

    1. Problemas de Saúde

    O álcool pode prejudicar o desenvolvimento do cérebro, afetar o desempenho escolar, causar problemas no fígado e no coração, além de aumentar o risco de acidentes.

    2. Problemas Comportamentais

    O consumo excessivo de álcool pode levar a comportamentos agressivos, dificuldades nos relacionamentos e aumento do risco de envolvimento em situações de violência.

    3. Dependência

    O uso regular e em grande quantidade pode levar à dependência química, trazendo graves consequências para a vida do indivíduo e de sua família.

    O que fazer para prevenir o alcoolismo na adolescência?

    • Diálogo aberto: Converse com seu filho sobre os riscos do álcool, esclareça suas dúvidas e demonstre preocupação e apoio.
    • Seja um exemplo: Evite o consumo excessivo de álcool e mostre que é possível se divertir sem beber.
    • Estabeleça limites: Defina regras claras e coerentes sobre o consumo de álcool.
    • Busque ajuda profissional: Se perceber que seu filho tem problemas relacionados ao álcool, procure um profissional especializado para orientação e suporte.

    Acesse o pefil no site da Terapeuta Conecta de por Euzeni de Matos – Psicopedagoga, Neuropsicopedagoga e Psicanalista Clínica

  • Aonde Deus possa me ouvir

    Aonde Deus possa me ouvir

    Por Alcinir Pessanha – Terapeuta

    A frase da música “Aonde Deus possa me ouvir” pode ser interpretada dentro do
    contexto da recuperação e tratamento da dependência química como uma reflexão
    sobre a necessidade de autoconhecimento e autocuidado no processo de recuperação. Aqui
    estão alguns pontos que conectam essa frase ao tema:

    1. “Morar no interior do meu interior”:
      Essa expressão remete à introspecção e ao autoconhecimento, fundamentais na
      recuperação. No tratamento do TUS (Transtorno por uso de substâncias), é necessário entender as
      emoções, traumas e gatilhos internos que levam ao uso de substâncias, para
      construir uma base sólida de transformação.
    2. “Pra entender por que se agridem”:
      Reflete o ciclo de autossabotagem e culpa que muitas pessoas em recuperação
      enfrentam. O tratamento busca ajudar os pacientes a interromperem esse ciclo,
      promovendo o acolhimento e a autoaceitação como parte da jornada.
    3. “Se empurram pro abismo”:
      Pode simbolizar o comportamento autodestrutivo típico da dependência química. A
      frase serve como um convite para buscar ajuda e evitar os “abismos” criados pela
      adição, por meio de suporte terapêutico, grupos de apoio e reconexão com os
      próprios valores e propósito.
    4. “Se debatem, se combatem sem saber”:
      Destaca a luta interna que muitas vezes ocorre sem uma compreensão clara das
      razões. Isso reforça a importância de abordagens terapêuticas que ajudam o
      indivíduo a identificar os conflitos internos e encontrar formas saudáveis de
      resolvê-los.

    Aplicação Prática no Tratamento

    ● Psicoterapia: A frase pode ser usada como ponto de partida em sessões de
    terapia para discutir sentimentos de autossabotagem, alienação e
    desconexão interna.
    ● Grupos de Apoio: Pode ser um tema para debates e reflexões, incentivando
    os participantes a compartilhar experiências de luta interna e superação.
    ● Atividades Reflexivas: Durante oficinas de escrita ou dinâmicas de grupo, a
    frase pode inspirar exercícios de escrita terapêutica ou arte, ajudando na
    expressão emocional.

    Conclusão

    Essa reflexão permite que pacientes compreendam que o processo de recuperação
    é mais do que deixar de usar substâncias; é uma jornada para “morar no interior do
    seu interior” e reencontrar um propósito maior na vida.

    Autor da música: Vander Lee

  • A Importância da Psicoterapia no Tratamento da Dependência Química

    A Importância da Psicoterapia no Tratamento da Dependência Química

    Por Renata Carvalho, Psicóloga

    A dependência química é uma doença multifatorial caracterizada pelo uso descontrolado de uma ou mais substâncias que alteram o estado mental. Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença crônica, progressiva e potencialmente fatal, esse transtorno mental é marcado por um conjunto de sinais e sintomas relacionados ao abuso de drogas.

    O dependente químico não consegue controlar o uso de substâncias, e isso afeta diretamente sua vida psíquica, emocional, física, profissional e, consequentemente, social. Substâncias que agem no sistema nervoso central, modificando a forma de pensar, agir ou sentir, são chamadas de substâncias psicoativas.

    A Necessidade de Tratamento

    A dependência química exige tratamento especializado. Em alguns casos, pode ser necessária a internação em clínicas especializadas com equipes multidisciplinares. Outras opções incluem atendimentos ambulatoriais, hospitais-dia, grupos de mútua ajuda como Narcóticos Anônimos e Alcoólicos Anônimos, além de tratamentos medicamentosos acompanhados por psiquiatras.

    Entretanto, uma ferramenta essencial e indispensável nesse processo é a psicoterapia.

    O Papel da Psicoterapia no Tratamento

    O acompanhamento psicológico é crucial em qualquer forma de tratamento para dependência química e em qualquer fase do processo. Além de ajudar a manter a estabilidade emocional do paciente, a psicoterapia oferece orientações para evitar comportamentos de risco e situações que podem levar à recaída.

    O psicólogo desempenha diversas funções nesse contexto, incluindo:

    • Acolhimento: Estabelecer vínculo e empatia com o paciente.
    • Conscientização: Ajudar o paciente a aceitar a doença e o tratamento.
    • Motivação: Estimular a vontade de recuperação e promover reflexões sobre o impacto do vício.
    • Estratégias de enfrentamento: Identificar gatilhos, prevenir recaídas e personalizar o tratamento, considerando as histórias e vulnerabilidades específicas de cada indivíduo.

    Além disso, o psicólogo ajuda o paciente a identificar suas potencialidades e oferece suporte no retorno à sociedade, orientando na criação de uma rotina saudável, que pode incluir práticas como atividade física, alimentação adequada e higiene do sono.

    Integração de Profissionais

    O trabalho psicoterapêutico frequentemente requer a integração de outros profissionais, como educadores físicos, nutricionistas e psiquiatras, especialmente quando o uso de medicação é necessário durante o tratamento.

    O Apoio à Família

    A família desempenha um papel importante no processo de recuperação, mas muitas vezes, está adoecida e co-dependente, podendo sabotar o tratamento de forma consciente ou inconsciente. Por isso, a orientação familiar é parte fundamental do trabalho de um terapeuta ou psicólogo especializado em dependência química.

    Reconstrução de Vida e Autonomia

    A psicoterapia é um apoio essencial para que o paciente consiga reconstruir sua vida. Esse processo inclui identificar e equilibrar emoções, resgatar e fortalecer a autoestima e a autoconfiança, superar crenças limitantes, e desenvolver ferramentas para lidar com impulsos e manter a sobriedade.

    De forma geral, o psicoterapeuta colabora com o paciente para construir um caminho de serenidade, qualidade de vida e uma nova forma de viver.

    Terapeuta Conecta: Conectando pessoas a profissionais qualificados para transformar vidas.

    Renata Carvalho Psicóloga e Terapeuta em dependência química