Categoria: dependência química

  • A Meditação como ferramenta de autoconhecimento

    A Meditação como ferramenta de autoconhecimento

    A Meditação como ferramenta de autoconhecimento. Num mundo de tantas possibilidades, é imprescindível que nos conheçamos para fazermos melhores escolhas e vivermos em harmonia. A meditação se constitui como uma excelente ferramenta a esse processo de autoconhecimento.Uma prática pouco valorizada aqui no ocidente, mas muito eficiente e que pode ser aliada à psicoterapia a fim de que percebamos melhor as nossas emoções e habitemos um estado subjetivo de maior harmonia e assertividade é a meditação. Ela pode ser feita da maneira que for mais aprazível — sentado ou deitado, com música, mantra, guiada ou apenas no silêncio do eu consigo mesmo. Muitos ainda associam a meditação a uma espécie de ritual místico, praticada apenas por pessoas altamente espiritualizadas. Mas a realidade é que ela é simplesmente uma atitude de se colocar à disposição de silenciar a ruminação mental, a incessante “voz na sua cabeça”. Isso é feito não a partir da negação dos pensamentos que por ventura aparecem, mas por meio de sua não estimulação, os deixando amorosamente ir, da mesma forma que vieram à mente. E, no lugar dos pensamentos, devemos prestar atenção nas batidas do coração e no ritmo da respiração, que deve ser mais lenta e profunda para ativar o sistema nervoso parassimpático, responsável por nos acalmar.

    Ora, parece justo, não? Você se dedica a prestar atenção em si mesmo e é recompensado com o esclarecimento sobre quem você é e o que você sente. E tudo isso por meio de um processo que é gratuito, que pode ser feito em qualquer lugar (desde que silencioso), a qualquer momento, por qualquer pessoa e de forma autônoma! “Ahh, mas eu não consigo não pensar em nada”, não foque em “não pensar em nada”, mas sim em prestar atenção na sua respiração. Comece com um tempo de cinco minutos e vá aumentado esse tempo aos poucos, não precisa fazer posição de yógui, não precisa complicar, “melhor feito do que perfeito”. Apenas reserve um tempo para si, da maneira que puder.

    Já foi comprovado que práticas de meditação auxiliam no déficit de atenção, no gerenciamento do estresse e da ansiedade, para diminuir a pressão arterial e o cortisol. Também auxilia na flexibilidade cognitiva, propiciando insights importantes. Quando combinada à psicoterapia, a meditação enriquece o diálogo e as reflexões trazidas à clínica, de modo a tornar o processo psicoterapêutico muito mais eficiente e profundo.

    Muitas pessoas que meditam relatam que um dos principais benefícios dessa prática é que elas fazem melhores escolhas ao longo do dia, sendo capazes de ponderar melhor antes de tomar alguma decisão ou de falarem algo. A sociedade e os diversos contextos nos quais estamos inseridos constantemente nos demandam respostas e é fundamental que sejamos mais assertivos nessas atitudes, a fim de construirmos uma caminhada mais coerente e positiva.

    Além disso, meditar nos dá a oportunidade de olharmos com mais carinho e cuidado para os nossos pontos a melhorar, substituindo uma perspectiva de autocrítica por uma de aceitação incondicional e compreensiva de nossa condição humana e imperfeita. Nos possibilita, assim, enxergar os desafios como oportunidades de melhora a partir de uma perspectiva mais analítica.

    Num mundo inundado de informação, meditação é bote salva-vidas, é necessidade, é sobretudo um ato de amor próprio.

    Muito obrigada pela leitura, espero que considere com carinho a recomendação a essa prática que é tão simples, mas tão profunda em seus benefícios. Me encontro à disposição para esclarecimentos e para o atendimento psicológico.

    Até mais, lhe desejo tudo de bom!

    Referências Bibliográficas: MENEZES, C. B., DELL’LAGLIO D. D. POR QUE MEDITAR? A EXPERIÊNCIA SUBJETIVA DA PRÁTICA DE MEDITAÇÃO. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 14, n. 3, p. 565-573, jul./set. 2009.

    /https://terapeutaconecta.com.br/terapeuta/beatriz-luiza-silva-sarah

  • Vencendo as Barreiras das Adições

    Vencendo as Barreiras das Adições

    ✨ Vencendo as Barreiras das Adições ✨

    O comportamento autodestrutivo relacionado ao uso de drogas — sejam elas lícitas ou ilícitas — é um desafio que afeta milhões de pessoas no mundo todo. Muitas vezes, o consumo dessas substâncias serve como uma forma de escapar da dor emocional, do estresse ou da solidão. Porém, a curto e longo prazo, esse hábito pode levar a um ciclo vicioso, aprisionando o indivíduo em uma espiral de autodestruição. ⚠️

    🔍 Entendendo o Ciclo do Vício

    O uso constante de drogas altera o funcionamento do cérebro, criando dependência física e emocional. Essa dependência torna cada vez mais difícil parar, mesmo quando a pessoa reconhece os danos que o vício causa em sua vida pessoal, social e profissional.

    🚀 O Primeiro Passo para a Recuperação: Buscar Ajuda

    Superar a dependência é um processo desafiador, mas completamente possível. O primeiro e mais importante passo é reconhecer o problema e buscar ajuda. Isso pode ocorrer por meio de:

    • 🤝 Grupos de apoio, como Narcóticos Anônimos;
    • 🧠 Terapia com profissionais especializados em dependência química;
    • 💬 Conversas abertas com familiares e amigos de confiança.

    A experiência de milhares de pessoas que conseguiram vencer a dependência comprova que a recuperação é viável, mesmo diante dos obstáculos.

    💪 Cultivando Hábitos Saudáveis para Fortalecer a Recuperação

    Além da busca por suporte, adotar hábitos que promovam o bem-estar físico e emocional é fundamental para evitar recaídas. Atividades como:

    • 🏃 Exercícios físicos regulares;
    • 🧘 Meditação;
    • 🎨 Práticas artísticas;
    • 🎉 Momentos de lazer.

    Essas práticas funcionam como válvulas de escape saudáveis, auxiliando a mente e o corpo a se afastarem das substâncias prejudiciais.

    ⚠️ Identifique Gatilhos e Desenvolva Estratégias para Evitá-los

    Muitas vezes, o consumo de drogas está associado a gatilhos emocionais ou situações específicas que levam a pessoa a buscar alívio imediato. Identificar esses gatilhos — como ansiedade, estresse, ambientes ou pessoas relacionadas ao vício — é essencial para desenvolver estratégias eficazes de enfrentamento.

    Essas estratégias podem incluir:

    • 🌬️ Técnicas de respiração e relaxamento;
    • 🔄 Mudança de rotina;
    • 🛋️ Apoio terapêutico contínuo.

    🌟 A Jornada para a Liberdade e a Saúde Mental

    Superar o vício é uma caminhada que exige coragem, perseverança e apoio. Cada pequeno passo dado em direção à recuperação é uma vitória que aproxima o indivíduo de uma vida mais plena e saudável, livre das amarras da dependência.

    Lembre-se: a mudança é possível. Acredite no seu potencial de transformação e busque o suporte necessário para trilhar essa jornada. Com determinação e auxílio adequado, a liberdade e a saúde mental estão ao seu alcance. ✨

    acesse TerapeutaConecta: https://terapeutaconecta.com.br/terapeuta/tarcisio-goncalves-junior

  • A Importância da Assertividade na Recuperação da Dependência Química

    A Importância da Assertividade na Recuperação da Dependência Química

    Por Tarcísio Gonçalves Júnior – Assistente Social | Terapeuta Conselheiro

    A jornada de recuperação da dependência de álcool e outras drogas é desafiadora, mas também profundamente transformadora. Mais do que abandonar o uso de substâncias, trata-se de reconstruir a autonomia, resgatar vínculos e desenvolver novas habilidades emocionais. E entre essas habilidades, uma se destaca como ferramenta essencial: a assertividade.

    ✅ O que é assertividade?

    Assertividade é a capacidade de expressar seus pensamentos, sentimentos e necessidades de forma clara, direta e respeitosa — sem agressividade, mas também sem submissão.

    É o equilíbrio entre se posicionar com firmeza e manter o respeito pelo outro. Isso significa saber dizer “não”, colocar limites saudáveis e comunicar o que se sente ou deseja sem culpa, medo ou conflito.

    🔗 Qual a relação entre assertividade e dependência química?

    Durante a dependência ativa, é comum que a pessoa se anule, viva em função do uso ou tenha dificuldade de se posicionar em situações do dia a dia. Já no processo de recuperação, aprender a se expressar com assertividade é fundamental para evitar recaídas e fortalecer a autoestima.

    Ser assertivo ajuda, por exemplo, a:

    • Recusar convites ou ambientes que representem risco à sobriedade;
    • Pedir ajuda quando necessário, sem vergonha ou receio;
    • Defender seu bem-estar mesmo diante de pressões externas;
    • Manter relacionamentos mais equilibrados e saudáveis.

    🌟 Benefícios da assertividade na recuperação

    Ao desenvolver a assertividade, a pessoa em tratamento conquista avanços significativos, como:

    • 🧠 Reforço da autoestima e do senso de controle sobre a própria vida;
    • 🛑 Criação de limites firmes e protetores nos relacionamentos;
    • 🔄 Redução da influência de ambientes tóxicos ou gatilhos emocionais;
    • 🫂 Construção de uma rede de apoio mais sólida e respeitosa.

    💬 Assertividade: uma aliada da sobriedade

    A assertividade não é apenas uma habilidade de comunicação. Ela é um instrumento terapêutico e preventivo, que fortalece a autonomia emocional e ajuda na construção de uma nova identidade — mais consciente, segura e conectada com os próprios valores.

    Em nossos grupos terapêuticos na Terapeuta Conecta, trabalhamos justamente esse tipo de competência emocional. Afinal, o tratamento não se resume à abstinência, mas à reprogramação de padrões e crenças limitantes que muitas vezes alimentam a dependência e a codependência.


    📌 Quer desenvolver habilidades como a assertividade no seu processo de recuperação?

    Conheça nossos grupos terapêuticos online e acessíveis, conduzidos por profissionais especializados. Um espaço seguro para fortalecer sua jornada com apoio e acolhimento.

    ➡️ Clique aqui e saiba mais
    📞 Atendimento via WhatsApp: (21) 96739-2868
    📸 Siga: @terapeutaconectaoficial

  • Organize suas Emoções Perante a Denúncia da Substância

    Organize suas Emoções Perante a Denúncia da Substância

    Organize suas Emoções Perante a Denúncia da Substância

    Por Tarcísio Gonçalves Júnior – Assistente Social | Terapeuta Conselheiro

    Entendendo o impacto emocional da denúncia

    A denúncia relacionada ao uso de substâncias psicoativas pode ser um momento de grande impacto, tanto para quem faz uso quanto para os familiares e pessoas próximas. Lidar com esse cenário exige, antes de tudo, organização emocional e acolhimento.

    É comum surgirem sentimentos intensos como raiva, tristeza, culpa ou até mesmo desesperança. Esses sentimentos são válidos e fazem parte do processo de conscientização e superação. Reconhecer essas emoções é o primeiro passo para lidar com elas de forma saudável.


    📝 Escreva para compreender o que sente

    Uma das ferramentas mais eficazes para organizar seus sentimentos é a escrita terapêutica. Manter um diário emocional pode ajudar a:

    • Externalizar dores e pensamentos confusos
    • Identificar gatilhos emocionais
    • Refletir sobre os momentos de clareza e progresso
    • Observar padrões comportamentais

    Não se preocupe com regras gramaticais ou estrutura. Escreva de forma livre, com autenticidade, e utilize esse espaço como um recurso de autocuidado.


    🧘 Práticas de atenção plena e meditação

    A meditação e a atenção plena (mindfulness) são práticas recomendadas para quem está enfrentando um processo emocional intenso. Essas técnicas ajudam a:

    • Acalmar a mente e reduzir a ansiedade
    • Observar as emoções sem julgamentos
    • Desenvolver resiliência emocional
    • Estimular o equilíbrio entre razão e sentimento

    Mesmo com poucos minutos por dia, esses hábitos podem trazer benefícios significativos ao longo do tempo.


    🤝 Procure apoio: você não está sozinho

    Falar sobre suas emoções com familiares, amigos de confiança ou profissionais de saúde mental pode fazer toda a diferença. Em momentos difíceis, contar com apoio psicológico especializado é fundamental.

    Além disso, grupos terapêuticos oferecem um ambiente seguro para trocar experiências com pessoas que enfrentam desafios semelhantes. O acolhimento coletivo fortalece e impulsiona o processo de recuperação.


    ⏳ Aceitação e tempo: parte essencial do processo

    A recuperação emocional é um caminho que exige tempo e paciência. Aceitar que a dor, o medo ou a culpa fazem parte da experiência não significa fraqueza — significa maturidade emocional.

    Organizar suas emoções diante da denúncia é um passo valioso em direção à cura interior. Ao cuidar da sua saúde mental, você constrói um caminho mais claro, leve e saudável, fortalecendo sua capacidade de enfrentamento.

  • Dependência Química: A Disfunção Central é a Perda de Controle e o Prejuízo Funcional

    Dependência Química: A Disfunção Central é a Perda de Controle e o Prejuízo Funcional

    Dependência Química: A Disfunção Central é a Perda de Controle e o Prejuízo Funcional

    Por Jairo Telles – Terapeuta e Conselheiro Pleno em dependência química

    A dependência química é uma condição crônica e progressiva que vai muito além do simples uso de substâncias. Uma de suas principais características — e também a mais prejudicial — é a perda de controle sobre o consumo, acompanhada por um prejuízo funcional significativo na vida do indivíduo.

    O que caracteriza a dependência química?

    Segundo o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), a dependência química, também chamada de transtorno por uso de substâncias, é marcada por um padrão recorrente de uso compulsivo, mesmo diante de consequências negativas. Isso inclui:

    • Incapacidade de reduzir ou interromper o uso, apesar do desejo;
    • Consumo em quantidades maiores ou por períodos mais longos do que o planejado;
    • Persistência no uso, mesmo com prejuízos físicos, emocionais e sociais.

    Esse padrão indica uma disfunção central: a perda de controle, que é considerada o critério diagnóstico fundamental da dependência.

    Classificação internacional da OMS

    A CID-11, da Organização Mundial da Saúde (OMS), reforça essa perspectiva. Define a dependência como um “padrão de comportamento de uso de substâncias que resulta em comprometimento significativo do funcionamento pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional ou em outras áreas importantes”.

    Em outras palavras, a pessoa passa a viver em função da substância, abrindo mão de compromissos, autocuidado, vínculos e até mesmo da própria saúde física e mental.

    Impactos da perda de controle

    A disfunção central da dependência química traz consigo uma série de outras consequências que afetam a qualidade de vida do indivíduo:

    • Prejuízos cognitivos, como o enfraquecimento da tomada de decisão e do julgamento;
    • Isolamento social e degradação dos vínculos afetivos;
    • Abandono de responsabilidades escolares, familiares e profissionais;
    • Descaso com a saúde, muitas vezes agravando condições físicas e emocionais.

    Como afirmam Inaba & Cohen (2011):

    “A dependência não é apenas uma questão de força de vontade ou moralidade, mas uma condição médica crônica que afeta o cérebro, o comportamento e o funcionamento do indivíduo.”

    A perda da escolha consciente

    A dependência química anula gradativamente a capacidade de escolha consciente frente ao consumo. O sujeito se vê aprisionado em um ciclo de uso compulsivo que impacta todas as esferas de sua vida. Essa incapacidade de interromper o uso por vontade própria é o verdadeiro núcleo da doença da dependência.

    Conclusão

    Compreender que a maior disfunção do dependente químico é a perda de controle permite uma abordagem mais empática, baseada em evidências científicas. A recuperação exige mais do que força de vontade: requer tratamento multidisciplinar, apoio terapêutico e um ambiente que favoreça o acolhimento e a reconstrução da autonomia.