Categoria: drogas

  • Dependência Química: Recaída e Percepção Psicanalítica

    Dependência Química: Recaída e Percepção Psicanalítica

    Dependência Química: Recaída e Percepção Psicanalítica

    Autora : Euzeni Matos -Psicanalista

    A dependência química é um transtorno complexo e multifatorial, que envolve aspectos biológicos, psicológicos, emocionais e sociais. Muitas vezes, mesmo após um período de abstinência, o indivíduo pode vivenciar a recaída, um momento delicado, mas também importante no processo de recuperação.

    Neste artigo, vamos explorar o que é a recaída, por que ela acontece e como a psicanálise pode ajudar nesse enfrentamento, com base em uma escuta profunda e na elaboração do sofrimento psíquico.


    O Que é Dependência Química?

    A dependência química é caracterizada pelo uso compulsivo de substâncias psicoativas, mesmo diante de consequências negativas. A pessoa perde o controle sobre o uso, priorizando a substância em detrimento da saúde, das relações e da vida profissional.

    Esse comportamento é geralmente sustentado por um sofrimento psíquico profundo, traumas mal elaborados e dificuldades emocionais não simbolizadas.


    Recaída na Dependência Química: É Fracasso?

    Não. A recaída não deve ser entendida como um fracasso. Pelo contrário, ela é um sinal importante de que ainda existem questões internas que precisam ser cuidadas.

    Em muitos casos, a recaída surge como uma tentativa do sujeito de aliviar angústias inconscientes, silenciar dores emocionais ou escapar de uma realidade difícil de enfrentar.


    Principais Fatores que Contribuem para a Recaída

    Diversos fatores podem levar uma pessoa à recaída no uso de substâncias. Conheça os principais:

    • Estresse, ansiedade e emoções intensas
    • Ambientes e pessoas ligadas ao passado de uso
    • Conflitos familiares e afetivos
    • Sensação de vazio existencial
    • Crença equivocada de que já está “curado”
    • Resistência ao processo terapêutico
    • Traumas não elaborados

    Esses fatores atuam como gatilhos emocionais que reativam o desejo pela substância, muitas vezes sem que o sujeito perceba conscientemente.


    O Que Está Por Trás do Uso da Substância?

    Do ponto de vista psicanalítico, a substância pode funcionar como uma espécie de “muleta psíquica”. Ela é usada para calar uma dor que não tem nome, para preencher vazios emocionais ou evitar entrar em contato com sentimentos difíceis.

    Em muitos casos, o uso está ligado à história de vida da pessoa: traumas na infância, ausência de suporte afetivo, vivências de abandono, ou relações familiares marcadas por falhas de escuta e acolhimento.


    O Papel da Psicanálise no Tratamento da Dependência Química

    O tratamento eficaz da dependência química vai muito além da abstinência. Envolve um processo profundo de reconstrução subjetiva, onde o sujeito é convidado a:

    • Olhar para sua história de vida
    • Compreender a origem do seu sofrimento
    • Fortalecer seu eu psíquico
    • Desenvolver novas formas de enfrentar as dores da existência

    A psicanálise oferece um espaço de escuta e elaboração, onde o indivíduo pode se implicar em sua própria transformação, construindo novas relações consigo mesmo e com o mundo.


    Recaída: Um Convite à Reflexão e ao Recomeço

    A recaída não representa o fim da linha. Ela é, muitas vezes, uma oportunidade valiosa de aprendizado, fortalecimento e recomeço. Sinaliza que algo precisa ser revisto, que há conteúdos emocionais ainda não elaborados.

    Aceitar a recaída como parte do processo é essencial para continuar o caminho da recuperação com mais consciência, acolhimento e suporte terapêutico.


    Considerações Finais

    A luta contra a dependência química exige paciência, apoio e um olhar profundo sobre si mesmo. Compreender o papel da recaída e buscar ajuda especializada, como a psicanálise, pode ser o diferencial para uma transformação real e duradoura.

    Se você ou alguém próximo enfrenta esse desafio, saiba que é possível reconstruir a vida com dignidade, autoconhecimento e apoio profissional.


    Palavras-chave utilizadas:

    • dependência química
    • recaída na dependência
    • tratamento psicanalítico
    • fatores da recaída
    • dor psíquica
    • escuta terapêutica

    Link da Autora do Artigo : https://terapeutaconecta.com.br/terapeuta/euzeni-matos

    Euzeni de Matos

  • Vencendo as Barreiras das Adições

    Vencendo as Barreiras das Adições

    ✨ Vencendo as Barreiras das Adições ✨

    O comportamento autodestrutivo relacionado ao uso de drogas — sejam elas lícitas ou ilícitas — é um desafio que afeta milhões de pessoas no mundo todo. Muitas vezes, o consumo dessas substâncias serve como uma forma de escapar da dor emocional, do estresse ou da solidão. Porém, a curto e longo prazo, esse hábito pode levar a um ciclo vicioso, aprisionando o indivíduo em uma espiral de autodestruição. ⚠️

    🔍 Entendendo o Ciclo do Vício

    O uso constante de drogas altera o funcionamento do cérebro, criando dependência física e emocional. Essa dependência torna cada vez mais difícil parar, mesmo quando a pessoa reconhece os danos que o vício causa em sua vida pessoal, social e profissional.

    🚀 O Primeiro Passo para a Recuperação: Buscar Ajuda

    Superar a dependência é um processo desafiador, mas completamente possível. O primeiro e mais importante passo é reconhecer o problema e buscar ajuda. Isso pode ocorrer por meio de:

    • 🤝 Grupos de apoio, como Narcóticos Anônimos;
    • 🧠 Terapia com profissionais especializados em dependência química;
    • 💬 Conversas abertas com familiares e amigos de confiança.

    A experiência de milhares de pessoas que conseguiram vencer a dependência comprova que a recuperação é viável, mesmo diante dos obstáculos.

    💪 Cultivando Hábitos Saudáveis para Fortalecer a Recuperação

    Além da busca por suporte, adotar hábitos que promovam o bem-estar físico e emocional é fundamental para evitar recaídas. Atividades como:

    • 🏃 Exercícios físicos regulares;
    • 🧘 Meditação;
    • 🎨 Práticas artísticas;
    • 🎉 Momentos de lazer.

    Essas práticas funcionam como válvulas de escape saudáveis, auxiliando a mente e o corpo a se afastarem das substâncias prejudiciais.

    ⚠️ Identifique Gatilhos e Desenvolva Estratégias para Evitá-los

    Muitas vezes, o consumo de drogas está associado a gatilhos emocionais ou situações específicas que levam a pessoa a buscar alívio imediato. Identificar esses gatilhos — como ansiedade, estresse, ambientes ou pessoas relacionadas ao vício — é essencial para desenvolver estratégias eficazes de enfrentamento.

    Essas estratégias podem incluir:

    • 🌬️ Técnicas de respiração e relaxamento;
    • 🔄 Mudança de rotina;
    • 🛋️ Apoio terapêutico contínuo.

    🌟 A Jornada para a Liberdade e a Saúde Mental

    Superar o vício é uma caminhada que exige coragem, perseverança e apoio. Cada pequeno passo dado em direção à recuperação é uma vitória que aproxima o indivíduo de uma vida mais plena e saudável, livre das amarras da dependência.

    Lembre-se: a mudança é possível. Acredite no seu potencial de transformação e busque o suporte necessário para trilhar essa jornada. Com determinação e auxílio adequado, a liberdade e a saúde mental estão ao seu alcance. ✨

    acesse TerapeutaConecta: https://terapeutaconecta.com.br/terapeuta/tarcisio-goncalves-junior

  • A Importância da Assertividade na Recuperação da Dependência Química

    A Importância da Assertividade na Recuperação da Dependência Química

    Por Tarcísio Gonçalves Júnior – Assistente Social | Terapeuta Conselheiro

    A jornada de recuperação da dependência de álcool e outras drogas é desafiadora, mas também profundamente transformadora. Mais do que abandonar o uso de substâncias, trata-se de reconstruir a autonomia, resgatar vínculos e desenvolver novas habilidades emocionais. E entre essas habilidades, uma se destaca como ferramenta essencial: a assertividade.

    ✅ O que é assertividade?

    Assertividade é a capacidade de expressar seus pensamentos, sentimentos e necessidades de forma clara, direta e respeitosa — sem agressividade, mas também sem submissão.

    É o equilíbrio entre se posicionar com firmeza e manter o respeito pelo outro. Isso significa saber dizer “não”, colocar limites saudáveis e comunicar o que se sente ou deseja sem culpa, medo ou conflito.

    🔗 Qual a relação entre assertividade e dependência química?

    Durante a dependência ativa, é comum que a pessoa se anule, viva em função do uso ou tenha dificuldade de se posicionar em situações do dia a dia. Já no processo de recuperação, aprender a se expressar com assertividade é fundamental para evitar recaídas e fortalecer a autoestima.

    Ser assertivo ajuda, por exemplo, a:

    • Recusar convites ou ambientes que representem risco à sobriedade;
    • Pedir ajuda quando necessário, sem vergonha ou receio;
    • Defender seu bem-estar mesmo diante de pressões externas;
    • Manter relacionamentos mais equilibrados e saudáveis.

    🌟 Benefícios da assertividade na recuperação

    Ao desenvolver a assertividade, a pessoa em tratamento conquista avanços significativos, como:

    • 🧠 Reforço da autoestima e do senso de controle sobre a própria vida;
    • 🛑 Criação de limites firmes e protetores nos relacionamentos;
    • 🔄 Redução da influência de ambientes tóxicos ou gatilhos emocionais;
    • 🫂 Construção de uma rede de apoio mais sólida e respeitosa.

    💬 Assertividade: uma aliada da sobriedade

    A assertividade não é apenas uma habilidade de comunicação. Ela é um instrumento terapêutico e preventivo, que fortalece a autonomia emocional e ajuda na construção de uma nova identidade — mais consciente, segura e conectada com os próprios valores.

    Em nossos grupos terapêuticos na Terapeuta Conecta, trabalhamos justamente esse tipo de competência emocional. Afinal, o tratamento não se resume à abstinência, mas à reprogramação de padrões e crenças limitantes que muitas vezes alimentam a dependência e a codependência.


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  • No compasso da reconstrução: o papel do Acompanhante Terapêutico na jornada da recuperação

    No compasso da reconstrução: o papel do Acompanhante Terapêutico na jornada da recuperação

    No compasso da reconstrução: o papel do Acompanhante Terapêutico na jornada da recuperação

    Descubra como o Acompanhante Terapêutico atua na recuperação de dependentes químicos, promovendo suporte biopsicossocial, autonomia e reinserção social com presença qualificada.

    Por Maxwilliam Rodrigues – Terapêuta em Dependência Química e Acompanhante Terapêutico

    A recuperação vai além da alta: o verdadeiro início da jornada

    O processo de recuperação de pessoas em sofrimento pelo uso problemático de substâncias é profundo, desafiador e frequentemente solitário. Para muitos, o fim da internação parece representar a superação do problema. No entanto, quem acompanha de perto sabe: é justamente nesse momento que se inicia a fase mais delicada da jornada.

    É nesse reencontro com a vida real, fora dos muros institucionais, que o Acompanhante Terapêutico (AT) demonstra seu verdadeiro valor, sendo figura-chave para garantir uma rotina estruturada, com planos terapêuticos aplicados na prática diária.


    O que é um Acompanhante Terapêutico?

    Mais do que apenas “estar junto”, o Acompanhante Terapêutico é um profissional especializado que atua no cotidiano do paciente, contribuindo para a construção de uma nova forma de viver. Ele não substitui psicólogos, psiquiatras ou outros profissionais da saúde, mas complementa essa rede de apoio, promovendo um cuidado integral: biológico, psicológico e social.

    Cuidado além da teoria: do consultório à vida real

    Muitas vezes, orientações recebidas em sessões terapêuticas não se concretizam na rotina do paciente. O AT atua justamente nesse espaço de transição, transformando orientações em ações práticas. Ele:

    • Acompanha o paciente em compromissos importantes;
    • Auxilia na reconstrução de rotinas saudáveis;
    • Atua em situações de risco e prevenção de recaídas;
    • Estimula a autonomia de forma gradual e respeitosa.

    Essa atuação pode ocorrer em casa, no trabalho, em locais públicos ou até mesmo durante deslocamentos, permitindo ao AT uma leitura ampliada dos contextos e relações do paciente.

    Assistência biopsicossocial: presença que acolhe e fortalece

    A atuação do AT está alinhada com a perspectiva biopsicossocial da saúde, proporcionando suporte em três frentes fundamentais:

    Biológica

    • Incentivo ao autocuidado e hábitos saudáveis;
    • Acompanhamento da adesão ao tratamento médico;
    • Apoio na organização do cotidiano.

    Psicológica

    • Suporte emocional no enfrentamento de angústias, gatilhos e frustrações;
    • Presença que escuta sem julgamento, oferecendo acolhimento ativo.

    Social

    • Mediação na reconstrução de vínculos familiares e afetivos;
    • Estímulo à reinserção em espaços comunitários e sociais.

    O impacto na família: estrutura e acolhimento

    A família também é protagonista nesse processo. Muitas vezes sobrecarregada ou desorientada, ela encontra no AT um ponto de equilíbrio. O profissional:

    • Oferece orientação e suporte emocional aos familiares;
    • Ajuda a estabelecer limites saudáveis no convívio com o paciente;
    • Atua como ponte entre afeto, estrutura e informação.

    O valor da presença qualificada

    O Acompanhante Terapêutico é, antes de tudo, uma presença que sustenta e fortalece. Ele:

    • Caminha ao lado, sem carregar;
    • Escuta sem julgar, age com empatia;
    • Estimula sem invadir, apoia sem depender.

    Sua função não é “consertar” o outro, mas estar presente enquanto o sujeito se reconstrói. Muitas vezes, essa presença silenciosa é o que sustenta os recomeços mais importantes da vida.

    Conclusão: quando o acompanhamento transforma a recuperação

    Pensar a recuperação da dependência química para além da clínica ou do consultório é essencial para uma jornada de transformação real. E é exatamente nesse espaço – o da vida em movimento – que o Acompanhamento Terapêutico se torna uma ferramenta poderosa de cuidado, autonomia e reintegração social.

    Se você ou alguém que conhece está passando por esse processo, saiba que não precisa trilhar esse caminho sozinho. A presença de um AT pode fazer toda a diferença.

  • Organize suas Emoções Perante a Denúncia da Substância

    Organize suas Emoções Perante a Denúncia da Substância

    Organize suas Emoções Perante a Denúncia da Substância

    Por Tarcísio Gonçalves Júnior – Assistente Social | Terapeuta Conselheiro

    Entendendo o impacto emocional da denúncia

    A denúncia relacionada ao uso de substâncias psicoativas pode ser um momento de grande impacto, tanto para quem faz uso quanto para os familiares e pessoas próximas. Lidar com esse cenário exige, antes de tudo, organização emocional e acolhimento.

    É comum surgirem sentimentos intensos como raiva, tristeza, culpa ou até mesmo desesperança. Esses sentimentos são válidos e fazem parte do processo de conscientização e superação. Reconhecer essas emoções é o primeiro passo para lidar com elas de forma saudável.


    📝 Escreva para compreender o que sente

    Uma das ferramentas mais eficazes para organizar seus sentimentos é a escrita terapêutica. Manter um diário emocional pode ajudar a:

    • Externalizar dores e pensamentos confusos
    • Identificar gatilhos emocionais
    • Refletir sobre os momentos de clareza e progresso
    • Observar padrões comportamentais

    Não se preocupe com regras gramaticais ou estrutura. Escreva de forma livre, com autenticidade, e utilize esse espaço como um recurso de autocuidado.


    🧘 Práticas de atenção plena e meditação

    A meditação e a atenção plena (mindfulness) são práticas recomendadas para quem está enfrentando um processo emocional intenso. Essas técnicas ajudam a:

    • Acalmar a mente e reduzir a ansiedade
    • Observar as emoções sem julgamentos
    • Desenvolver resiliência emocional
    • Estimular o equilíbrio entre razão e sentimento

    Mesmo com poucos minutos por dia, esses hábitos podem trazer benefícios significativos ao longo do tempo.


    🤝 Procure apoio: você não está sozinho

    Falar sobre suas emoções com familiares, amigos de confiança ou profissionais de saúde mental pode fazer toda a diferença. Em momentos difíceis, contar com apoio psicológico especializado é fundamental.

    Além disso, grupos terapêuticos oferecem um ambiente seguro para trocar experiências com pessoas que enfrentam desafios semelhantes. O acolhimento coletivo fortalece e impulsiona o processo de recuperação.


    ⏳ Aceitação e tempo: parte essencial do processo

    A recuperação emocional é um caminho que exige tempo e paciência. Aceitar que a dor, o medo ou a culpa fazem parte da experiência não significa fraqueza — significa maturidade emocional.

    Organizar suas emoções diante da denúncia é um passo valioso em direção à cura interior. Ao cuidar da sua saúde mental, você constrói um caminho mais claro, leve e saudável, fortalecendo sua capacidade de enfrentamento.