Categoria: drogas

  • Sober Shaming: Entendendo e Combatendo a Prática Prejudicial na Recuperação.

    Sober Shaming: Entendendo e Combatendo a Prática Prejudicial na Recuperação.

    O termo sober shaming refere-se ao comportamento de menosprezar, criticar ou ridicularizar alguém que opta por permanecer sóbrio, especialmente no contexto de dependência química ou alcoólica.

    É uma prática que pode ser explícita, como piadas sobre a sobriedade de alguém, ou sutil, como olhares de julgamento durante uma reunião social onde bebidas alcoólicas estão presentes.

    Para indivíduos em recuperação, isso pode representar um obstáculo emocional significativo e até mesmo um gatilho para recaídas.

    Cuidados que os Terapeutas Devem Ter

    Os terapeutas desempenham um papel fundamental em apoiar pacientes que enfrentam o sober shaming. Para isso, é importante:

    • Oferecer validação e apoio emocional: Os pacientes devem sentir-se seguros e compreendidos ao compartilhar suas experiências.
    • Educar sobre limites: Ensinar os pacientes a estabelecer limites saudáveis com amigos e familiares para proteger sua recuperação.
    • Fortalecer a autoestima: Trabalhar estratégias para que o paciente tenha confiança em sua escolha de manter-se sóbrio, independentemente das opiniões alheias.
    • Conscientizar sobre gatilhos: Ajudar a identificar situações de sober shaming que podem representar riscos e como evitá-las.

    Como os Familiares Podem Evitar o Sober Shaming

    Os familiares têm um papel crucial no apoio ao dependente em recuperação.

    Algumas práticas recomendadas incluem:

    • Evitar comentários ou piadas sobre sobriedade: O humor pode ser mal interpretado e causar desconforto.
    • Participar de grupos de apoio: Esses grupos ajudam a entender melhor o processo de recuperação e a desenvolver empatia com seu ente querido.
    • Respeitar as decisões do dependente: Mesmo em eventos sociais, criar um ambiente inclusivo e respeitoso, sem forçá-lo a consumir álcool ou substâncias.

    Como os Pacientes Podem Evitar ou Lidar com o Sober Shaming

    • Desenvolver respostas assertivas: Ensaiar respostas educadas para recusar bebidas ou justificar suas escolhas de forma tranquila.
    • Buscar apoio em redes de recuperação: Participar de grupos como AA (Alcoólicos Anônimos) pode ajudar a compartilhar experiências e encontrar suporte emocional.
    • Priorizar ambientes seguros: Optar por eventos e círculos sociais onde as escolhas de sobriedade sejam respeitadas.
    • Praticar autocompaixão: Compreender que a decisão de permanecer sóbrio é uma conquista pessoal e merece respeito, acima de tudo.

    O sober shaming é uma prática que pode ser enfrentada com conscientização e apoio adequado, tanto da rede terapêutica quanto do círculo social e familiar.

    Autor do artigo:  Leandro de Andrade Neves

    Leandro de Andrade Neves

    Profissional pós-graduado em múltiplas dependências , Terapia familiar e Terapia Cognitivo-Comportamental

  • Jeremy, Pearl Jam e o Retrato do Bullying: Reflexões Sobre Seus Impactos Reais

    Jeremy, Pearl Jam e o Retrato do Bullying: Reflexões Sobre Seus Impactos Reais

    Lançada em 1991, a música Jeremy, da banda Pearl Jam, é um retrato intenso e poderoso do sofrimento enfrentado por muitos jovens que lidam com bullying e negligência. Inspirada na história real de Jeremy Wade Delle, um adolescente que tragicamente tirou a própria vida em uma sala de aula no Texas, a canção vai além de uma narrativa emocional. Ela nos provoca a refletir sobre os impactos profundos do bullying na vida de crianças e adolescentes e como essa experiência pode torná-los vulneráveis a comportamentos autodestrutivos, como o uso de drogas.

    Bullying e Seus Impactos Psicológicos

    O bullying, em suas diversas formas – verbal, físico ou virtual – deixa marcas profundas nas vítimas. Jovens que enfrentam essa violência frequentemente apresentam maior risco de desenvolver transtornos como:

    • Depressão e ansiedade: Sentimentos de isolamento e inferioridade são comuns.
    • Baixa autoestima: A crítica constante deteriora a visão que o jovem tem de si mesmo.
    • Tendências suicidas: Em casos extremos, o bullying pode levar ao desejo de tirar a própria vida.

    De acordo com estudos, a saúde mental das vítimas é comprometida de forma duradoura, podendo resultar na busca por alternativas inadequadas de alívio, como o consumo de álcool e drogas【11】【13】.

    O Caminho para Comportamentos de Risco

    Pesquisas revelam uma ligação clara entre o bullying e o aumento de comportamentos de risco. Para muitos adolescentes, as drogas se tornam:

    • Uma fuga emocional: Alívio temporário para dores profundas.
    • Uma tentativa de integração: Para se sentirem aceitos em grupos que também demonstram comportamentos problemáticos.

    A ausência de suporte familiar e escolar muitas vezes agrava o problema, criando um ciclo de isolamento e autodestruição que pode ter consequências de longo prazo【12】【13】.

    Vulnerabilidade e Consequências de Longo Prazo

    As cicatrizes deixadas pelo bullying não desaparecem facilmente. Jovens vitimizados tendem a:

    • Carregar traumas emocionais para a vida adulta.
    • Enfrentar dificuldades em construir relacionamentos saudáveis.
    • Apresentar desempenho acadêmico prejudicado.

    Além disso, a exposição prolongada ao estresse pode desencadear comportamentos antissociais, como agressividade e uso abusivo de substâncias psicoativas【12】【13】.

    Como Podemos Ajudar?

    1. Educação e Conscientização:
      Pais, professores e alunos devem entender os efeitos do bullying e aprender a intervir.
    2. Criação de Ambientes Seguros:
      Escolas e famílias precisam ser espaços de acolhimento, onde os jovens possam se expressar sem medo de julgamento.
    3. Apoio Psicológico:
      Terapia e intervenções precoces ajudam as vítimas a desenvolver estratégias saudáveis de enfrentamento, prevenindo comportamentos de risco.

    A história de Jeremy, embora trágica, é um chamado à ação. Ela nos lembra que, por meio da educação, do suporte e da empatia, podemos construir um futuro mais seguro para nossos jovens.

    Referências:

    • Weber, J. L. A., Levandowski, D. C., Lisboa, C. S. M. Bullying e uso de substâncias psicoativas na adolescência: uma revisão sistemática. SciELO【12】.
    • ADOLESCENTES ESCOLARES: ASSOCIAÇÃO ENTRE VIVÊNCIA DE BULLYING E CONSUMO DE ÁLCOOL/DROGAS. SciELO Brasil【13】.
    • Hemovich, V., Lac, A., & Crano, W. D. Understanding early-onset drug and alcohol outcomes among youth. Psychology of Addictive Behaviors, 2011【11】.

  • Entendendo a Dependência Química: Um Caminho para a Recuperação

    Entendendo a Dependência Química: Um Caminho para a Recuperação

    A dependência química é um tema que merece nossa atenção, pois se configura como um sério problema de saúde pública e uma questão constante na medicina psiquiátrica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece o uso abusivo de drogas como uma doença crônica e recorrente, que afeta profundamente a vida dos indivíduos e suas famílias.

    De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), a dependência química apresenta uma variedade de sintomas que se manifestam tanto no comportamento quanto na cognição e no aspecto fisiológico das pessoas. Por ser uma condição tão complexa, é fundamental entendê-la como uma doença biopsicossocial, ou seja, que envolve aspectos biológicos, psicológicos e sociais.

    Para que o tratamento seja eficaz, é essencial que haja intervenções diversificadas, adaptadas às necessidades de cada indivíduo. Neste contexto, é importante destacar dois fatores que podem complicar o processo de recuperação: a baixa adesão ao tratamento e a falta de motivação. A vontade de mudar é um elemento-chave nessa jornada.

    Os dependentes químicos geralmente passam por diferentes estágios na sua trajetória de recuperação, que podem ser resumidos em quatro fases:

    Pré-contemplação: Nesta fase, não há interesse em mudar. O indivíduo pode não perceber que seu comportamento é problemático.

    Contemplação: Aqui, começa a surgir a consciência de que existe um problema. No entanto, a negação ainda é forte, e a pessoa pode hesitar em tomar uma atitude.

    Ação: Nesta etapa, o dependente começa a implementar mudanças efetivas em seu comportamento. Ele se dedica ao processo de recuperação e a adesão ao tratamento, o que frequentemente traz resultados positivos.

    Manutenção: Este é o momento crucial em que a pessoa se empenha em consolidar as mudanças feitas. O foco é melhorar seu comportamento, e isso exige um compromisso contínuo. Sem esse comprometimento, recaídas podem ocorrer.

    A manutenção do progresso é vital para garantir que o dependente químico consiga desfrutar de uma qualidade de vida satisfatória. Assim, o caminho para a recuperação é desafiador, mas possível, e cada passo deve ser valorizado.

    Apoiar o dependente químico em cada uma dessas fases não apenas favorece a recuperação, mas também promove um ambiente mais saudável e compreensivo. Vamos juntos ampliar a conscientização sobre essa questão tão importante e ajudar aqueles que precisam de apoio a encontrar o caminho para uma vida melhor.

    Claudio Bartolette

    Terapeuta em dependência química,

    Conselheiro e coordenador na FEBRATH

  • Compreensão, tratamento e caminho para recuperação

    Compreensão, tratamento e caminho para recuperação

    A dependência química é uma condição crónica e recorrente caracterizada pelo uso compulsivo de substâncias psicoativas, como drogas ou álcool, apesar das consequências negativas para a saúde, relações pessoais e vida social. Esta dependência pode envolver tanto substâncias lícitas (como o álcool e medicamentos controlados) quanto ilícitas (como cocaína e heroína), e afeta diretamente o sistema nervoso central, levando a alterações no comportamento, nas emoções e no raciocínio.

    Do ponto de vista biológico, a dependência está relacionada à modificação dos circuitos cerebrais responsáveis pela recompensa, pela motivação e pelo autocontrolo. O uso repetido de substâncias altera a libertação de neurotransmissores como a dopamina, criando uma sensação intensa de prazer, o que motiva a pessoa a buscar repetidamente a substância para experimentar esse efeito. Com o tempo, o cérebro passa a necessitar da droga para funcionar adequadamente, gerando a dependência física e psicológica.

    O tratamento da dependência química exige uma abordagem multidisciplinar, pois envolve não só aspetos físicos, mas também psicológicos e sociais. A primeira etapa costuma ser a desintoxicação, que consiste em interromper o uso da substância de forma segura, controlando os sintomas de abstinência. Esse processo pode exigir acompanhamento médico, especialmente para substâncias que causam dependência física severa.

    Além da desintoxicação, o tratamento inclui terapia psicológica, como a terapia cognitivo-comportamental, que ajuda a pessoa a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento que contribuem para o vício. Grupos de apoio baseados na programação dos 12 passos também desempenham um papel importante, proporcionando suporte emocional e social aos dependentes em recuperação.

    Autor do artigo: Jairo Telles

    Jairo Telles é Terapeuta e Conselheiro Pleno em dependência química.

  • Os impactos do uso de álcool/Drogas em atletas de alta performance

    Os impactos do uso de álcool/Drogas em atletas de alta performance

    De acordo com diversos relatos históricos, a ligação entre os atletas e as drogas é bastante conhecida. Os atletas Olímpicos da Grécia Antiga utilizavam ervas e cogumelos com o intuito de melhorar sua performance atlética. O abuso de drogas por atletas na era moderna foi considerado um problema no início dos anos 50. O uso de estimulantes foi relatado nas Olimpíadas de Inverno de 1952, em Oslo, Noruega. Nos anos 60, vimos um aumento progressivo no abuso de drogas em eventos esportivos. O uso de anfetaminas estava envolvido na morte de diversos ciclistas na década de 60.

    Quando falamos em drogas também estamos falando de álcool.
    Abordar esse tema faz-se urgente numa sociedade que cada vez mais clama por prazer imediato, alívio da angústia, produtividade a qualquer custo em qualquer área de trabalho, sucesso profissional e pessoal e uma exigência constante de bem-estar e felicidade. Dentro desta linha de raciocínio, não nos parece tão contraditório associar o uso de substâncias químicas e ilícitas ao esporte, não é mesmo? Até porque sabemos que existem muitos casos de atletas que usaram drogas em algum momento da carreira profissional por diferentes motivos.

    A supervalorização de bons resultados, a competitividade extrema, o prestígio social, status, busca e manutenção de patrocinadores, tentativa de atingir as expectativas da sociedade de serem os “heróis” e a constante busca de resultados positivos e superação contínua incita os atletas a superarem seus próprios limites. Estes fatores muitas vezes fazem com que os atletas paguem qualquer preço para alcançarem o desempenho exigido, mesmo que precisem recorrer a substâncias ilícitas, fazendo com que os valores éticos do esporte sejam negligenciados, demonstrando que nem sempre a prática de esportes está associada a uma vida 100% saudável.

    O abuso de álcool e drogas provoca diversos males à saúde física e mental dos sujeitos e com os atletas não seria diferente. A alta performance é diretamente afetada por tais excessos. Inicialmente, algumas substâncias podem até melhorar a performance dos atletas, como o uso de anabolizantes, por exemplo, entretanto, os danos a médio e longo prazo são graves e acabam acarretando um declínio na carreira dos atletas, fazendo com que muitos deles precisem inclusive se afastar do esporte e até passarem por tratamentos especializados.

    Vários esportistas tentam se sobressair com o uso de drogas ou fármacos que melhoram suas habilidades. As drogas estimulantes são um grupo de drogas com características psicoativas que estimulam o sistema nervoso central e incluem as anfetaminas, cocaína, efedrina, entre outras que, no geral, aumentam o estado de alerta e concentração, melhoram a energia e a sensação de confiança. Entretanto, apresentam fatores adversos como aumento da pressão arterial, dores de cabeça, taquicardia, hipertermia, ansiedade, agitação, insônia, e as consequências podem ser piores dependendo da resposta do sujeito à droga, bem como as doses utilizadas.

    Mesmo que não seja proibido o uso de álcool por atletas, até por tratar-se de uma droga lícita, os prejuízos na saúde e na performance dos esportistas surgem de variadas maneiras. Atletas também consomem álcool no intuito de melhorar sua função psicológica, bem como para aliviar o estresse pré e pós-competição, entre outros motivos. O álcool é socialmente aceito e associado a momentos de lazer na nossa cultura atual, bem como incentivado como uma válvula de escape para alívio do estresse e busca de relaxamento em nossa sociedade.

    O uso de bebidas alcoólicas e, principalmente, o seu abuso afeta diretamente a performance dos atletas, comprometendo a velocidade, a força muscular, os reflexos, a capacidade respiratória, bem como o equilíbrio. Além disso, por ter efeito diurético, vitaminas e sais minerais importantes, como cálcio, zinco e magnésio, são eliminados do organismo com as constantes idas ao banheiro, após a ingestão de álcool. Sem contar o risco de desidratação, tal consumo também afeta o quesito hormonal, diminuindo os níveis de testosterona, outros hormônios e a síntese proteica. O álcool afeta a recuperação muscular de forma geral, bem como contribui para o ganho de peso dos atletas, já que a maioria das bebidas é excessivamente calórica. Muitos atletas também relatam o uso de maconha para diminuição do estresse, alívio da ansiedade e para ajudar na regulação do sono, evitando episódios de insônia e até irritabilidade. Outros relatam o uso de maconha para alívio de dores musculares pela sensação de relaxamento provocada por esta droga. Vale ressaltar que, quando falamos em maconha, é importante não confundirmos THC com CBD.

    THC, ou tetrahidrocanabinol, é o principal componente da planta da maconha e é um canabinóide com propriedades psicotrópicas e alucinógenas, capaz de causar dependência química nos usuários.
    Já o CBD (canabidiol) é uma substância extraída da planta Cannabis, que atua no sistema nervoso central e apresenta potencial terapêutico para o tratamento de doenças psiquiátricas ou neurodegenerativas, como esclerose múltipla, esquizofrenia, mal de Parkinson, epilepsia, ansiedade, entre outras, mas que deve ser comprada com prescrição médica.

    Independente do tipo de droga que abordamos ao longo do artigo, todas provocam prejuízos à saúde física e mental dos usuários. Com os atletas, podemos verificar o impacto na performance e na carreira, já que muitos acabam evoluindo para o desenvolvimento da dependência química, necessitando de tratamento especializado.

    Ao longo das últimas décadas, acompanhamos diversos atletas que tiveram problemas com drogas, como Diego Maradona, Walter Casagrande e Jon Jones, entre outros. No mundo da luta, temos alguns exemplos de atletas que também tiveram problemas com drogas e que hoje levam uma vida totalmente diferente, voltada para a saúde e dentro do caminho da recuperação, como o ex-lutador do UFC, bicampeão mundial e bicampeão Legends Grand Slam Abu Dhabi, Rafael Carino.

    Rafael começou usando maconha de forma recreativa aos 14 anos e, com o passar do tempo, experimentou outras drogas, como álcool, haxixe, LSD e cocaína, mas a maconha e o haxixe foram suas drogas de “escolha”. Em 1984, quando foi campeão brasileiro de jiu-jitsu, já com 21 anos, seu uso passou a ser diário. Segundo o próprio atleta relata, seu uso de maconha era para “relaxar” principalmente após os treinos. O que Rafael ainda não sabia na ocasião era que era portador de uma doença crônica e incurável, caracterizada principalmente pela compulsão e obsessão: a dependência química.

    Como esta doença é progressiva, Rafael aumentou ainda mais o uso de drogas até conhecer o skank (uma maconha produzida em laboratório com um efeito ainda mais devastador). A partir daí, a queda no seu rendimento como atleta de alta performance já estava visível, e esta queda durou alguns anos, principalmente em grandes competições. O abuso de drogas afetou de forma significativa seu condicionamento físico e sua concentração, afetando também seu estado emocional e mental de forma geral.

    Rafael relata que seu “fundo do poço” ocorreu na derrota pelo cinturão do Cage Rage, em 2005, em Londres, contra o lutador Pezão. Após este evento, Rafael decidiu procurar ajuda, ingressou na irmandade Narcóticos Anônimos e parou de usar todas as drogas, incluindo o álcool. Nesta trajetória de recuperação, o atleta já completou 15 anos de sobriedade. Atualmente, atua na área de álcool e drogas como terapeuta, pois em 2021 decidiu fazer o Curso de Aconselhamento em Dependência Química.

    Rafael acredita que ao falar da sua história neste artigo e levar a mensagem de recuperação em outros espaços, poderá ajudar muitos atletas e pessoas no geral a procurarem ajuda, independentemente dos julgamentos que possam vir a sofrer.

    Rafael aproveita a oportunidade para mandar um recado para todas as pessoas que usam alguma droga:
    “Repensem seus hábitos e, para quem nunca usou, continue sem experimentar, porque pode ser o passaporte para sua desgraça.”

    Assim, para prevenir o uso de drogas no esporte, não cabe somente aos atletas adotarem atitudes saudáveis e de prevenção, mas também a todas as pessoas que os rodeiam, como treinadores, médicos, patrocinadores, família, etc. É necessário conhecimento e maior divulgação das consequências do uso dessas substâncias psicotrópicas, enfatizando os problemas profissionais e patológicos adjuntos ao uso pelos atletas.

    Além disso, é importante a abordagem deste tema pela mídia, desmistificando o tabu USO DE DROGAS X ESPORTE, bem como ações de prevenção dentro das escolas, academias, centros de treinamento e grandes clubes.

    Autora do artigo: Renata Espínola de Carvalho

    Renata Espínola de Carvalho é Psicóloga Clínica e Esportiva, Coach Esportiva de Alta Performance, Especialista em Saúde Mental e Conselheira em Dependência Química.
    Insta: @renatacarvalhopsicologa
    Fonte: Robson Augusto revistalutas: (21) 98703-0365