Categoria: Pensamentos

  • Pornografia: Alívio ou Prazer?

    Pornografia: Alívio ou Prazer?

    Pornografia: Alívio ou Prazer?

    Não é de agora que o consumo de pornografia vem despertando interesse e preocupação entre psicólogos, pesquisadores e profissionais da saúde.
    O fácil acesso proporcionado pela internet — onde, em apenas alguns segundos, uma infinidade de conteúdos sexuais surge diante de quem procura — transformou a pornografia em uma temática cada vez mais presente na vida contemporânea.
    Se, por um lado, o recurso parece oferecer prazer imediato e acessível, por outro, levanta questionamentos importantes: o que realmente diferencia o prazer autêntico de um simples alívio biológico? Até que ponto a experiência exibida na tela corresponde a uma vivência relacional, ou não passa de um teatro cuidadosamente produzido?
    O alívio, reduz-se a uma descarga mecânica e repetitiva, que pode satisfazer o corpo momentaneamente, mas deixa a subjetividade em falta. O prazer, ao contrário, implica desejo, vínculo e encontro com o Outro — dimensões que a pornografia imita, mas não substitui.
    O retorno constante a esses conteúdos pode estar associado a diferentes fatores: mecanismos de fuga, tentativas de regulação emocional ou até mesmo o desejo de controle diante de inseguranças internas.
    É importante, porém, não encarar o tema de forma moralista ou demonizadora. O fundamental é observar os impactos desse consumo na vida cotidiana: quando passa a interferir nos relacionamentos, no bem-estar emocional ou nas atividades diárias, pode ser um sinal de alerta.
    Nesse caso, buscar apoio terapêutico pode ser essencial. Não se trata de corrigir um comportamento isolado, mas de compreender o que esse hábito revela sobre o sujeito e seu percurso de vida.
    Em outras palavras, mais do que condenar ou banalizar o uso da pornografia, o desafio está em distinguir entre o prazer verdadeiro, que envolve vínculo e subjetividade, e o simples alívio passageiro, que deixa um vazio após a descarga.
    Com afeto

    Autor : Psicologo Luiz Miguel

    CRP: 06/215904|

    https://terapeutaconecta.com.br/terapeuta/86

  • Você tem NOMOFOBIA?

    Você tem NOMOFOBIA?

    Você tem NOMOFOBIA?

    Você tem Nomofobia? Descubra os Sintomas e Como Prevenir

    A palavra pode soar estranha, mas nomofobia já é considerada por muitos pesquisadores como o vício mais comum do século 21.

    Com o avanço da tecnologia, o celular deixou de ser apenas um meio de comunicação para se tornar parte essencial da vida moderna. Mas até que ponto essa dependência é saudável?


    O que é Nomofobia?

    O termo vem da expressão britânica “no-mobile-phone-phobia” e foi usado pela primeira vez em estudos psicológicos realizados no Reino Unido em 2008. A pesquisa analisava o impacto do celular nos níveis de estresse das pessoas.

    A nomofobia é caracterizada pelo medo de ficar sem o aparelho celular, sem sinal de internet ou até mesmo sem bateria.


    Nomofobia é uma Doença?

    Embora ainda não esteja oficialmente incluída nos manuais de diagnóstico psiquiátrico, a nomofobia já preocupa profissionais da saúde.
    Nos consultórios, é cada vez maior o número de pacientes relatando ansiedade, compulsão e prejuízos físicos e sociais relacionados ao uso excessivo do celular.


    Sintomas da Nomofobia

    Alguns sinais que podem indicar a presença do transtorno:

    • Ansiedade ao ficar sem o celular.
    • Medo de ficar sem bateria ou sem internet.
    • Diminuição do rendimento escolar ou profissional.
    • Irritação ou estresse em ambientes sem conexão.
    • Uso compulsivo do celular em situações inadequadas, como ao dirigir, comer ou até mesmo no banheiro.

    Em muitos casos, os sintomas estão associados a transtornos como fobia social, agorafobia, transtorno de pânico ou depressão.


    Quais são os Riscos da Nomofobia?

    A dependência do celular pode gerar consequências sérias, como:

    • Aumento da ansiedade.
    • Prejuízos físicos, como lesões motoras.
    • Crescimento no número de acidentes de trânsito.
    • Impactos negativos nas relações sociais e familiares.

    Como Prevenir a Nomofobia?

    Para manter uma relação saudável com a tecnologia, algumas práticas podem ajudar:

    1. Questione-se sobre a real necessidade de usar o celular.
    2. Faça refeições sem o aparelho ao lado.
    3. Inicie o dia com hábitos tranquilos no ambiente familiar.
    4. Priorize a vida social real e valorize seus amigos presenciais.
    5. Reserve um dia da semana para a higiene mental: esporte, arte, música ou hobbies — longe do celular.
    6. Dê atenção às pessoas ao seu redor, especialmente em rodas de conversa ou restaurantes.
    7. Lembre-se: informação não é sinônimo de sabedoria.

    Reflexão Final

    A nomofobia pode parecer apenas um comportamento moderno, mas quando não controlada, pode trazer sérios riscos à saúde mental, física e social.
    Por isso, vale a pena observar seus hábitos e, se necessário, buscar ajuda profissional para recuperar o equilíbrio entre a vida digital e a vida real.

    Beijos reais e virtuais para todos. Até a próxima semana!

    Autor : PsicologoFrederico Ramos Ferreira

    CRP RJ . 05.25798

    https://terapeutaconecta.com.br/terapeuta/72

  • Jogos Perigosos

    Jogos Perigosos

    Jogos Perigosos

    Autor : Frederico Ramos Ferreira- Psicologo

    Não é de agora que o vício em jogos eletrônicos vem chamando a atenção de pesquisadores e profissionais de saúde do mundo inteiro.

    O problema denominado de Distúrbio em Games (Gaming Disorder) anunciado no último mês de junho pela OMS (Organização Mundial da Saúde), já pode ser considerado uma prévia para a inclusão da doença no Código Internacional de Doenças Mentais (CID 10), em sua versão atualizada (CID 11),
    a ser apresentada em maio de 2019.

    Apesar da complexa abrangência, o documento é uma das principais ferramentas epidemiológicas do cotidiano médico, que visa monitorar a incidência e prevalência de doenças, através de uma certa padronização, apresentando um panorama amplo da situação de saúde dos países e de suas populações.

    No lugar de “demonizar” o uso dos jogos eletrônicos, devemos considerar a diferença existente entre o bom e o mau uso dos chamados games.

    Em vista de enfatizar os efeitos nocivos do uso compulsivo dos jogos, deixemos para apresentar em outra oportunidade os efeitos benéficos dessa tecnologia no desenvolvimento intelectual e relacional observados de forma mais genérica.

    Os principais sinais de alerta, além da evidente perda do controle no uso, são a manutenção do comportamento repetitivo, mesmo diante de prejuízos sociais, e a priorização dos jogos em detrimento de atividades básicas diárias, tais como comer, dormir, fazer a higiene e produzir algo.

    Como se diz na expressão popular, trocando em miúdos, fique atento se o vício do seu filho ou de outros está dominando o estado real neurológico, o pensamento e as preocupações. Procure observar o montante de tempo, a duração e a frequência do uso dos equipamentos.

    Caso positivo, procure orientação médica e busque conscientizar de alguma forma o indivíduo para aceitar um tipo de ajuda.

    Não se sinta fracassado ou fracassada no desempenho do seu papel familiar. Sentir-se assim, além de não ajudar em nada, pode piorar ainda mais a situação.

    Confie nos profissionais de saúde especializados e procure seguir todas as recomendações existentes.

    Em breve, publicaremos alguns estudos e reflexões no que diz respeito as possíveis causas psicológicas sobre o uso compulsivo e o vício em jogos eletrônicos.

    Saúde sempre e um grande beijo!

    https://terapeutaconecta.com.br/terapeuta/72

  • As Fronteiras das Toxicomanias

    As Fronteiras das Toxicomanias

    As Fronteiras das Toxicomanias

    Autor: Frederico Ramos – Psicólogo Clínico e Psicanalista

    Descubra como a integração de tratamentos e a abordagem interdisciplinar são essenciais no combate à dependência química. Saiba por que quebrar estigmas e promover conscientização é um passo vital para a recuperação.


    A urgência de um novo paradigma no tratamento da dependência química

    A dependência química é uma doença complexa, crônica e de múltiplas causas. O desafio de integrar o atendimento ao usuário de drogas vai além de uma questão clínica — trata-se de uma mudança de paradigma que visa transformar o modelo fragmentado de cuidado que, por décadas, alimentou o aumento das internações hospitalares e agravou os índices de violência urbana e doméstica.

    Consequências invisíveis da dependência: além dos sintomas superficiais

    Durante muito tempo, a abordagem clínica centrou-se apenas nos sintomas aparentes da dependência. Assim como ocorre com pacientes depressivos que tratam apenas os efeitos e não a causa central do sofrimento, os dependentes químicos muitas vezes recebem atenção para as consequências — acidentes, doenças associadas, conflitos familiares — mas não para a raiz da compulsão.

    Essa postura superficial resulta em tratamentos ineficazes, elevando os custos para o sistema de saúde pública e promovendo a reincidência da doença.

    A importância da formação e da abordagem interdisciplinar

    Um dos maiores entraves no combate à dependência química está na formação dos profissionais da saúde. Muitos ainda não reconhecem a compulsão como doença central e continuam focando apenas em suas repercussões.

    É necessário que todos os envolvidos — médicos, psicólogos, assistentes sociais, educadores e familiares — compartilhem um discurso afinado e sem julgamentos. Essa abordagem interdisciplinar é fundamental para garantir que o paciente tenha suporte contínuo e consistente em todas as etapas da recuperação.

    Grupos terapêuticos e a força da identificação

    O tratamento da dependência química também passa pela força dos grupos terapêuticos. Enxergar nos outros a própria luta cria uma rede de apoio emocional poderosa. O espelho deixa de refletir uma dor solitária e passa a revelar uma jornada coletiva de superação.

    Esses grupos oferecem não apenas escuta e acolhimento, mas também um espaço para que o indivíduo possa se expressar, refletir sobre seus hábitos e desenvolver novas estratégias para lidar com a compulsão.

    O papel dos grupos de mútua ajuda e o apoio psicológico

    Além do acompanhamento médico e psicológico individual, os grupos anônimos de mútua ajuda têm um papel essencial. Através do compartilhamento de experiências, acolhimento mútuo e incentivo à perseverança, esses grupos promovem a prevenção de recaídas e ajudam na construção de uma nova identidade, livre da dependência.

    A constância dos encontros e o compromisso coletivo fortalecem os laços afetivos e sociais, elementos fundamentais para o sucesso no tratamento.

    Políticas públicas, integração de serviços e combate ao estigma

    Para que o tratamento da dependência química seja realmente eficaz, é indispensável a integração entre os setores públicos e privados, além de uma vontade política firme em promover políticas públicas sérias, livres de estigmas e preconceitos.

    Tratar o usuário de drogas como doente — e não como criminoso ou moralmente fraco — é o ponto de partida para uma abordagem humanizada, preventiva e transformadora.


    Conclusão: tratar é conscientizar e integrar

    Tratar a dependência química não é apenas medicar ou internar. É proporcionar ao indivíduo e à sua família recursos concretos, apoio contínuo e um ambiente livre de julgamentos. É reconhecer a doença em sua complexidade, romper barreiras culturais e oferecer caminhos reais para a transformação.

    Ao unirmos forças, saberes e empatia, damos um passo importante rumo a uma sociedade mais consciente, inclusiva e saudável.

    Autor : Frederico Ramos

    Psicologo e Psicanalista .

    https://terapeutaconecta.com.br/terapeuta/72

  • Quando a Cabeça Pesa: Ansiedade e Depressão na Caminhada da Recuperação

    Quando a Cabeça Pesa: Ansiedade e Depressão na Caminhada da Recuperação

    Quando a Cabeça Pesa: Ansiedade e Depressão na Caminhada da Recuperação

    Autora : Jaqueline Peixoto

    Ansiedade e depressão são desafios comuns durante a recuperação da dependência química. Descubra como lidar com esses sentimentos e seguir firme no processo de cura.


    Entendendo a Ansiedade e a Depressão na Recuperação

    Durante o tratamento da dependência química ou do alcoolismo, é comum que a mente passe por momentos intensos de instabilidade emocional. A interrupção do uso de substâncias pode desencadear sentimentos antes abafados, como tristeza profunda, medo, angústia e inquietação.

    Esse despertar emocional é parte natural do processo de cura. Ao deixar de usar drogas ou álcool, o cérebro começa a retomar suas funções de maneira mais clara — e isso pode causar desconforto.


    Como a Ansiedade se Manifesta na Recuperação

    A ansiedade na recuperação pode surgir de diversas formas, como:

    • Pensamentos acelerados e catastróficos
    • Medo constante de recaídas
    • Preocupações com o futuro
    • Sintomas físicos como tremores, suor excessivo, insônia e palpitações

    Esses sintomas são o reflexo de um sistema nervoso que está tentando se reequilibrar após um longo período de uso de substâncias.


    Sintomas de Depressão Após Parar com Substâncias

    Já a depressão na recuperação pode se manifestar com:

    • Falta de energia e desânimo
    • Perda do interesse por atividades diárias
    • Sentimentos de culpa ou inutilidade
    • Isolamento social e pensamentos negativos recorrentes

    É importante reforçar: isso não é sinal de fraqueza, mas sim um alerta de que o corpo e a mente estão em processo de readaptação.


    O Que Fazer Quando a Cabeça Pesa

    Lidar com a ansiedade e a depressão no processo de recuperação exige cuidados. Veja algumas ações que ajudam nesse caminho:

    1. Fale sobre seus sentimentos

    Converse com um terapeuta, conselheiro, ou alguém de confiança. O diálogo é um remédio poderoso.

    2. Evite o isolamento

    Participar de grupos de apoio ou rodas de conversa fortalece a autoestima e mostra que você não está sozinho.

    3. Aceite ajuda profissional

    Em alguns casos, pode ser necessário acompanhamento psiquiátrico e uso de medicação adequada para equilibrar a química cerebral.

    4. Cuide do corpo para cuidar da mente

    Hábitos simples como uma boa alimentação, sono regulado, exercícios leves e práticas de respiração ajudam no controle emocional.


    Recuperar-se Também É Aprender a Sentir

    Sentir tristeza ou medo faz parte da jornada. A recuperação emocional exige coragem e autocompaixão. Mais do que “se livrar” de substâncias, recuperar-se é reaprender a viver com autenticidade e presença.

    Lembre-se: não há vergonha em sentir. Vergonha é desistir. Você está em um processo de reconstrução — e isso é digno de orgulho.

    Autora : Jaqueline Peixoto https://terapeutaconecta.com.br/terapeuta/37