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  • Trabalho e Recuperação: Um Novo Começo é Possível!

    Trabalho e Recuperação: Um Novo Começo é Possível!

    Trabalho e Recuperação: Um Novo Começo é Possível!

    Você sabia que a recuperação da dependência química e o retorno ao mercado de trabalho estão intrinsecamente ligados? 💼✨

    Muitas empresas ainda têm receio de contratar profissionais que passaram por um processo de recuperação, seja por estigma ou falta de informação. Mas a verdade é que a recuperação traz consigo:

    • Resiliência: Superar a dependência química exige uma força e determinação admiráveis.
    • Disciplina: O tratamento e a manutenção da sobriedade desenvolvem disciplina e foco.
    • Comprometimento: A pessoa em recuperação aprende a valorizar suas responsabilidades e a se comprometer com seus objetivos.
    • Gratidão e Lealdade: A oportunidade de um novo começo é vista com enorme gratidão, o que se traduz em lealdade à empresa.

    Como as empresas veem o profissional em recuperação?

    A percepção das empresas em relação aos profissionais em recuperação está mudando, mas ainda enfrenta desafios. Embora muitos empregadores reconheçam o potencial de indivíduos que superaram a dependência, o estigma social e os receios relacionados à confiabilidade e produtividade ainda persistem. No entanto, há uma crescente conscientização de que a recuperação bem-sucedida pode resultar em funcionários altamente motivados e dedicados.

    Existem oportunidades para um novo recomeço?

    Sim! Existem oportunidades crescentes para profissionais em recuperação no mercado de trabalho. Programas de reinserção profissional, iniciativas de empresas socialmente responsáveis e o aumento da conscientização sobre os benefícios da contratação de pessoas em recuperação estão abrindo portas para um novo começo.

    O que pode ser feito para dar mais incentivo?

    Para incentivar a reinserção de dependentes químicos em recuperação no mercado de trabalho, podem ser adotadas as seguintes medidas:

    • Programas de inclusão: Criação de programas específicos para a reinserção de profissionais em recuperação, com acompanhamento e suporte.
    • Quebrar o estigma: Promoção da conscientização e do diálogo aberto sobre o tema, desmistificando preconceitos.
    • Valorizar as habilidades: Foco nas competências e no potencial do profissional, e não em seu passado.
    • Oferecer oportunidades: Abertura de portas para entrevistas e processos seletivos, dando o voto de confiança necessário.
    • Incentivos fiscais: Implementação de incentivos fiscais para empresas que contratam profissionais em recuperação.
    • Parcerias com instituições: Estabelecimento de parcerias entre empresas, centros de tratamento e organizações sociais para facilitar a reinserção.
    • Capacitação profissional: Oferecimento de cursos e treinamentos para aprimorar as habilidades dos profissionais em recuperação e aumentar sua empregabilidade.

    Projetos e iniciativas

    Existem diversos projetos e iniciativas que buscam facilitar a reinserção de dependentes químicos em recuperação no mercado de trabalho. Segue alguns exemplos:

    • Programas de Reintegração Profissional: Muitos centros de tratamento e organizações oferecem programas de reintegração que incluem orientação profissional, elaboração de currículos e encaminhamento para vagas de emprego.
    • Recuperando Vidas: Projeto do Governo do Estado de São Paulo que oferece tratamento para dependentes químicos e os encaminha para o mercado de trabalho.
    • Emprega Rede: A Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos (SDSTJDH) do Rio Grande do Sul, em parceria com o SENAC-RS, oferece o projeto Emprega Rede, que visa qualificar e inserir dependentes químicos em recuperação no mercado de trabalho.

    Juntos, podemos construir um mercado de trabalho mais inclusivo e oferecer oportunidades para que todos possam recomeçar. 🙏

    Referências:

  • Fase I: Sinais de Aviso de Recaída (Interno)

    Fase I: Sinais de Aviso de Recaída (Interno)

    Fase I: Sinais de Aviso de Recaída (Interno)

    Por Tarcísio Gonçalves Júnior – Assistente Social | Terapeuta Conselheiro

    A fase inicial da recuperação de qualquer dependência é um período delicado, onde a atenção aos sinais de alerta é fundamental. É comum que, nessa etapa, a pessoa sinta uma dificuldade em funcionar como antes. Um dos principais sinais de aviso de recaída, nesta fase, é a dificuldade de pensar com clareza.

    Dificuldade de Pensar com Clareza: Um Sinal de Alerta

    Essa dificuldade pode se manifestar de diversas formas. A mente pode se tornar um turbilhão de pensamentos rígidos e repetitivos, criando uma sensação de sobrecarga e ansiedade. Por outro lado, a mente pode parecer um “vazio”, com dificuldade de concentração, raciocínio lógico e clareza mental.

    Essas barreiras mentais tornam desafiador até mesmo resolver problemas simples do dia a dia, gerando uma sensação de incerteza e paralisia diante dos próximos passos a serem dados, tanto na vida pessoal quanto no processo de recuperação.

    Impulsividade e Recaída

    Em momentos de confusão mental, decisões importantes podem ser tomadas de forma impulsiva, sem a devida reflexão e análise das consequências. Esse comportamento impulsivo aumenta significativamente o risco de recaída, pois a pessoa pode agir por impulso, buscando alívio imediato em comportamentos ou substâncias que antes causavam dependência.

    Reconhecer esses sinais de aviso – a dificuldade de pensar com clareza, a mente sobrecarregada ou vazia, e a impulsividade – é crucial para evitar a recaída. A intervenção precoce, com o apoio de profissionais e a utilização de técnicas de prevenção de recaída, pode fazer toda a diferença nesse momento crítico.

  • Dependência Química x Luto: A Conexão Entre a Dor da Perda e o Uso de Substâncias

    Dependência Química x Luto: A Conexão Entre a Dor da Perda e o Uso de Substâncias

    Por Andreia Abreu – Psicóloga – CRP 05/43890

    Dependência Química: O Fundo do Poço Como Alerta

    Na dependência química, costuma-se dizer que os caminhos mais comuns levam à internação, prisão ou morte. Essa dura realidade pode ser um ponto de virada para quem enfrenta o vício. O contato com a marginalização, a perda de autonomia e o vazio existencial podem despertar a necessidade de mudança e recuperação.

    A conscientização sobre as consequências do abuso de substâncias é essencial para que o indivíduo reconheça a urgência de buscar ajuda profissional. A adoção de terapias comportamentais e o suporte de grupos de apoio são medidas fundamentais nesse processo.

    O Luto e Suas Consequências na Saúde Mental

    O luto pode ser uma das experiências emocionais mais dolorosas e impactantes da vida. Em alguns casos, pode desencadear problemas físicos e psicológicos graves, como a inibição do vago, um fenômeno ligado a disfunções cardíacas.

    A dor emocional intensa pode levar indivíduos a buscar alívio em substâncias como álcool, drogas e tabaco, ou desenvolver outros hábitos desadaptativos, como compulsão alimentar. Em casos extremos, o sofrimento prolongado pode aumentar o risco de comportamento suicida, tornando o suporte psicológico essencial para a recuperação.

    A Relação Entre Luto e Dependência Química

    O luto é um processo natural, mas quando associado à dependência química, pode intensificar o sofrimento emocional e dificultar a superação.

    O abuso de substâncias pode parecer uma solução temporária para amenizar a dor, mas na realidade, apenas agrava o estado emocional. O indivíduo pode sentir que somente as drogas oferecem o alívio necessário, tornando-se refém do ciclo da dependência.

    A importância do suporte terapêutico e do envolvimento da família é crucial para quebrar esse ciclo. Grupos de apoio podem proporcionar um espaço seguro para a expressão da dor e a construção de novas formas saudáveis de enfrentamento.

    Abstinência: Um Processo Similar ao Luto?

    A abstinência do uso de drogas compartilha muitas características do processo de luto, gerando reações emocionais e físicas intensas. Alguns dos sintomas comuns incluem:

    • Comorbidades psiquiátricas, como depressão, ansiedade e insônia.
    • Vulnerabilidade emocional, com sensação de desamparo e incapacidade de lidar com a realidade.
    • Solidão e dependência emocional, tanto na abstinência quanto no luto, devido ao rompimento com uma fonte de segurança e conforto.
    • Mudanças na identidade, onde o indivíduo precisa reconstruir sua vida sem a presença da droga ou da pessoa falecida.

    Como Superar o Luto e a Dependência Química

    A recuperação exige tratamento holístico, considerando tanto o impacto emocional da perda quanto a necessidade de desintoxicação. Algumas estratégias eficazes incluem:

    • Terapias cognitivas e comportamentais para reestruturação emocional.
    • Grupos de apoio, como os Narcóticos Anônimos, que promovem o compartilhamento de experiências e suporte coletivo.
    • Acompanhamento médico e psicológico, essencial para lidar com sintomas físicos e emocionais.
    • Práticas saudáveis, como atividades físicas, alimentação equilibrada e técnicas de mindfulness.

    Conclusão

    O luto e a dependência química são desafios que demandam compreensão, paciência e suporte profissional. O acolhimento da sociedade é essencial para que a recuperação ocorra de forma efetiva, promovendo um ambiente de cura e renovação.

    Se você ou alguém que conhece está passando por esse momento difícil, busque ajuda profissional. O caminho da recuperação é possível e pode trazer de volta a qualidade de vida e o bem-estar.


    Bibliografia:
    • PARKES, Colin Murray. Luto: Estudos sobre a perda na vida adulta. São Paulo: Summus, 1998.
    • Narcóticos Anônimos.

  • Mudança de Aparência Durante a Recuperação

    Mudança de Aparência Durante a Recuperação

    Por Alcinir Pessanha – Terapeuta em dependência química

    A recuperação da dependência química é um processo que vai muito além da abstinência. Um dos primeiros sinais visíveis dessa transformação é a mudança na aparência física. O abandono das drogas traz melhorias na saúde, higiene pessoal e autoestima, mas essa evolução precisa ser acompanhada de um verdadeiro crescimento interno.

    Aparência Versus Realidade Interior

    🌟 Aparência normal não significa recuperação completa.

    Com a interrupção do uso de substâncias, muitas pessoas passam a se cuidar melhor, tomar banho regularmente, se vestir de forma adequada e ganhar peso. Essas mudanças ajudam na aceitação social, mas a verdadeira recuperação vai muito além disso.

    A recuperação real acontece de dentro para fora e não deve ser confundida apenas com a melhoria na aparência externa. É essencial investir no autoconhecimento e na reconstrução emocional para sustentar esse novo estilo de vida.

    A Fonte Verdadeira da Recuperação

    💪 Recuperação duradoura vem do crescimento interior.

    A superação da dependência não se baseia apenas na aprovação externa, mas sim no fortalecimento interno. Os Doze Passos são uma ferramenta essencial nesse processo, pois ajudam na reflexão, na superação de desafios e na criação de novos hábitos saudáveis

    Crescimento Pessoal Através dos Doze Passos

    Cada um dos Doze Passos convida a uma jornada de autodescoberta e mudança profunda. Esse caminho envolve:

    • Autoconhecimento: Reconhecer os erros do passado e aprender com eles.
    • Honestidade: Ser sincero consigo mesmo e com os outros.
    • Serenidade: Desenvolver equilíbrio emocional para enfrentar desafios.

    Somente através dessa evolução interna é possível construir uma recuperação verdadeiramente sólida.

    A Vida de Sobriedade Plena

    🌟 Recuperação é sobre reconstruir e encontrar propósito.

    Ao longo da recuperação, aprendemos a valorizar as pequenas conquistas diárias. Essa jornada nos permite:

    • Reconstruir relacionamentos familiares e sociais.
    • Alcançar objetivos pessoais e profissionais.
    • Descobrir um propósito renovado, vivendo de forma plena e consciente.

    A verdadeira transformação acontece quando a sobriedade se torna parte do nosso estilo de vida e não apenas um período de abstinência.

    Texto extraído do Livro Só por Hoje de Narcóticos Anônimos
    Adaptado por Alcinir Pessanha.

  • A Jornada de Recuperação de Uma Adicta

    A Jornada de Recuperação de Uma Adicta

    Quando decidi pedir ajuda, há nove anos, eu não imaginava que minha vida seria completamente transformada. Nunca pensei que encontraria uma nova maneira de viver, nem que entenderia que sou apenas mais uma adicta. Descobri que a resposta para todos os meus problemas estava em um programa criado por pessoas que passaram pelas mesmas dores que eu. Com alguns passos simples, consegui sair de uma vida marcada por obsessões, compulsões e egocentrismo.

    O Início da Jornada

    No início, eu não sabia que estava doente, nem conseguia identificar onde tudo havia começado. Eu apenas me sentia diferente de tudo ao meu redor. Achava que a origem dos meus problemas estava em uma infância negligenciada, marcada por abusos e estupros até os 15 anos de idade. Mesmo assim, naquela época, ainda não tinha começado a usar drogas compulsivamente.

    Aos 18 anos, me mudei para o Rio de Janeiro e, aqui, descobri que minha mãe também era usuária. Eu não fazia ideia de que ela também era doente. Com o tempo e muita recuperação, percebi que ela nunca foi culpada por ter usado drogas comigo. Nos primeiros meses do meu processo de recuperação, sentia muita raiva e acreditava que ela era a responsável por eu ter chegado ao fundo do poço. Foi o programa de 12 passos que me ensinou o significado do perdão e me mostrou que minha mãe também precisava de ajuda.

    Chegando ao Fundo do Poço

    Aos 28 anos, atingi o fundo do poço. Foram dez anos de justificativas, fugas geográficas, relacionamentos tóxicos e autodestruição física, mental e espiritual. Eu estava tão perdida que cogitei tirar a vida da minha filha e a minha, achando que essa era a única saída para acabar com o sofrimento.

    Mas, então, o melhor aconteceu: pedi ajuda. Me rendi, saí do ciclo vicioso e ingressei em um programa de 12 passos. Foi ali que entendi que eu não tinha culpa por estar naquela situação ou por ser uma doente. Porém, aprendi que tinha total responsabilidade pela minha recuperação.

    A Vida em Recuperação

    Felizmente, não tirei a vida da minha filha. Hoje, ela tem 14 anos, me ama e sente orgulho de mim. Minha mãe também ingressou na mesma irmandade algum tempo depois. Ela conseguiu ficar dois anos limpa antes de falecer devido a uma doença decorrente da adicção. Foi um exemplo de força e entrega.

    Hoje, estou limpa há nove anos e algumas 24 horas. Continuo frequentando os mesmos lugares onde encontrei a recuperação, praticando o programa de 12 passos diariamente. Sou grata, sou feliz e vivo em eterna vigilância.

    Levo essa mensagem para outros adictos, sou produtiva e sou uma mãe que minha filha admira. Não sinto mais vontade de tirar minha vida e vivo um dia de cada vez, com a certeza de que a recuperação funciona.

    Por Que Compartilhar Essa História?

    Se você ou alguém que conhece precisa de ajuda, saiba que é possível sair do ciclo vicioso. A recuperação é um caminho desafiador, mas transformador. Não hesite em buscar apoio.

    Lembre-se: um dia de cada vez.

    Agradecemos imensamente à pessoa anônima por compartilhar sua história inspiradora, mostrando que a recuperação é possível e transformadora.