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  • A Importância da Assertividade na Recuperação da Dependência Química

    A Importância da Assertividade na Recuperação da Dependência Química

    Por Tarcísio Gonçalves Júnior – Assistente Social | Terapeuta Conselheiro

    A jornada de recuperação da dependência de álcool e outras drogas é desafiadora, mas também profundamente transformadora. Mais do que abandonar o uso de substâncias, trata-se de reconstruir a autonomia, resgatar vínculos e desenvolver novas habilidades emocionais. E entre essas habilidades, uma se destaca como ferramenta essencial: a assertividade.

    ✅ O que é assertividade?

    Assertividade é a capacidade de expressar seus pensamentos, sentimentos e necessidades de forma clara, direta e respeitosa — sem agressividade, mas também sem submissão.

    É o equilíbrio entre se posicionar com firmeza e manter o respeito pelo outro. Isso significa saber dizer “não”, colocar limites saudáveis e comunicar o que se sente ou deseja sem culpa, medo ou conflito.

    🔗 Qual a relação entre assertividade e dependência química?

    Durante a dependência ativa, é comum que a pessoa se anule, viva em função do uso ou tenha dificuldade de se posicionar em situações do dia a dia. Já no processo de recuperação, aprender a se expressar com assertividade é fundamental para evitar recaídas e fortalecer a autoestima.

    Ser assertivo ajuda, por exemplo, a:

    • Recusar convites ou ambientes que representem risco à sobriedade;
    • Pedir ajuda quando necessário, sem vergonha ou receio;
    • Defender seu bem-estar mesmo diante de pressões externas;
    • Manter relacionamentos mais equilibrados e saudáveis.

    🌟 Benefícios da assertividade na recuperação

    Ao desenvolver a assertividade, a pessoa em tratamento conquista avanços significativos, como:

    • 🧠 Reforço da autoestima e do senso de controle sobre a própria vida;
    • 🛑 Criação de limites firmes e protetores nos relacionamentos;
    • 🔄 Redução da influência de ambientes tóxicos ou gatilhos emocionais;
    • 🫂 Construção de uma rede de apoio mais sólida e respeitosa.

    💬 Assertividade: uma aliada da sobriedade

    A assertividade não é apenas uma habilidade de comunicação. Ela é um instrumento terapêutico e preventivo, que fortalece a autonomia emocional e ajuda na construção de uma nova identidade — mais consciente, segura e conectada com os próprios valores.

    Em nossos grupos terapêuticos na Terapeuta Conecta, trabalhamos justamente esse tipo de competência emocional. Afinal, o tratamento não se resume à abstinência, mas à reprogramação de padrões e crenças limitantes que muitas vezes alimentam a dependência e a codependência.


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  • No compasso da reconstrução: o papel do Acompanhante Terapêutico na jornada da recuperação

    No compasso da reconstrução: o papel do Acompanhante Terapêutico na jornada da recuperação

    No compasso da reconstrução: o papel do Acompanhante Terapêutico na jornada da recuperação

    Descubra como o Acompanhante Terapêutico atua na recuperação de dependentes químicos, promovendo suporte biopsicossocial, autonomia e reinserção social com presença qualificada.

    Por Maxwilliam Rodrigues – Terapêuta em Dependência Química e Acompanhante Terapêutico

    A recuperação vai além da alta: o verdadeiro início da jornada

    O processo de recuperação de pessoas em sofrimento pelo uso problemático de substâncias é profundo, desafiador e frequentemente solitário. Para muitos, o fim da internação parece representar a superação do problema. No entanto, quem acompanha de perto sabe: é justamente nesse momento que se inicia a fase mais delicada da jornada.

    É nesse reencontro com a vida real, fora dos muros institucionais, que o Acompanhante Terapêutico (AT) demonstra seu verdadeiro valor, sendo figura-chave para garantir uma rotina estruturada, com planos terapêuticos aplicados na prática diária.


    O que é um Acompanhante Terapêutico?

    Mais do que apenas “estar junto”, o Acompanhante Terapêutico é um profissional especializado que atua no cotidiano do paciente, contribuindo para a construção de uma nova forma de viver. Ele não substitui psicólogos, psiquiatras ou outros profissionais da saúde, mas complementa essa rede de apoio, promovendo um cuidado integral: biológico, psicológico e social.

    Cuidado além da teoria: do consultório à vida real

    Muitas vezes, orientações recebidas em sessões terapêuticas não se concretizam na rotina do paciente. O AT atua justamente nesse espaço de transição, transformando orientações em ações práticas. Ele:

    • Acompanha o paciente em compromissos importantes;
    • Auxilia na reconstrução de rotinas saudáveis;
    • Atua em situações de risco e prevenção de recaídas;
    • Estimula a autonomia de forma gradual e respeitosa.

    Essa atuação pode ocorrer em casa, no trabalho, em locais públicos ou até mesmo durante deslocamentos, permitindo ao AT uma leitura ampliada dos contextos e relações do paciente.

    Assistência biopsicossocial: presença que acolhe e fortalece

    A atuação do AT está alinhada com a perspectiva biopsicossocial da saúde, proporcionando suporte em três frentes fundamentais:

    Biológica

    • Incentivo ao autocuidado e hábitos saudáveis;
    • Acompanhamento da adesão ao tratamento médico;
    • Apoio na organização do cotidiano.

    Psicológica

    • Suporte emocional no enfrentamento de angústias, gatilhos e frustrações;
    • Presença que escuta sem julgamento, oferecendo acolhimento ativo.

    Social

    • Mediação na reconstrução de vínculos familiares e afetivos;
    • Estímulo à reinserção em espaços comunitários e sociais.

    O impacto na família: estrutura e acolhimento

    A família também é protagonista nesse processo. Muitas vezes sobrecarregada ou desorientada, ela encontra no AT um ponto de equilíbrio. O profissional:

    • Oferece orientação e suporte emocional aos familiares;
    • Ajuda a estabelecer limites saudáveis no convívio com o paciente;
    • Atua como ponte entre afeto, estrutura e informação.

    O valor da presença qualificada

    O Acompanhante Terapêutico é, antes de tudo, uma presença que sustenta e fortalece. Ele:

    • Caminha ao lado, sem carregar;
    • Escuta sem julgar, age com empatia;
    • Estimula sem invadir, apoia sem depender.

    Sua função não é “consertar” o outro, mas estar presente enquanto o sujeito se reconstrói. Muitas vezes, essa presença silenciosa é o que sustenta os recomeços mais importantes da vida.

    Conclusão: quando o acompanhamento transforma a recuperação

    Pensar a recuperação da dependência química para além da clínica ou do consultório é essencial para uma jornada de transformação real. E é exatamente nesse espaço – o da vida em movimento – que o Acompanhamento Terapêutico se torna uma ferramenta poderosa de cuidado, autonomia e reintegração social.

    Se você ou alguém que conhece está passando por esse processo, saiba que não precisa trilhar esse caminho sozinho. A presença de um AT pode fazer toda a diferença.

  • Dependência Química: A Disfunção Central é a Perda de Controle e o Prejuízo Funcional

    Dependência Química: A Disfunção Central é a Perda de Controle e o Prejuízo Funcional

    Dependência Química: A Disfunção Central é a Perda de Controle e o Prejuízo Funcional

    Por Jairo Telles – Terapeuta e Conselheiro Pleno em dependência química

    A dependência química é uma condição crônica e progressiva que vai muito além do simples uso de substâncias. Uma de suas principais características — e também a mais prejudicial — é a perda de controle sobre o consumo, acompanhada por um prejuízo funcional significativo na vida do indivíduo.

    O que caracteriza a dependência química?

    Segundo o DSM-5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), a dependência química, também chamada de transtorno por uso de substâncias, é marcada por um padrão recorrente de uso compulsivo, mesmo diante de consequências negativas. Isso inclui:

    • Incapacidade de reduzir ou interromper o uso, apesar do desejo;
    • Consumo em quantidades maiores ou por períodos mais longos do que o planejado;
    • Persistência no uso, mesmo com prejuízos físicos, emocionais e sociais.

    Esse padrão indica uma disfunção central: a perda de controle, que é considerada o critério diagnóstico fundamental da dependência.

    Classificação internacional da OMS

    A CID-11, da Organização Mundial da Saúde (OMS), reforça essa perspectiva. Define a dependência como um “padrão de comportamento de uso de substâncias que resulta em comprometimento significativo do funcionamento pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional ou em outras áreas importantes”.

    Em outras palavras, a pessoa passa a viver em função da substância, abrindo mão de compromissos, autocuidado, vínculos e até mesmo da própria saúde física e mental.

    Impactos da perda de controle

    A disfunção central da dependência química traz consigo uma série de outras consequências que afetam a qualidade de vida do indivíduo:

    • Prejuízos cognitivos, como o enfraquecimento da tomada de decisão e do julgamento;
    • Isolamento social e degradação dos vínculos afetivos;
    • Abandono de responsabilidades escolares, familiares e profissionais;
    • Descaso com a saúde, muitas vezes agravando condições físicas e emocionais.

    Como afirmam Inaba & Cohen (2011):

    “A dependência não é apenas uma questão de força de vontade ou moralidade, mas uma condição médica crônica que afeta o cérebro, o comportamento e o funcionamento do indivíduo.”

    A perda da escolha consciente

    A dependência química anula gradativamente a capacidade de escolha consciente frente ao consumo. O sujeito se vê aprisionado em um ciclo de uso compulsivo que impacta todas as esferas de sua vida. Essa incapacidade de interromper o uso por vontade própria é o verdadeiro núcleo da doença da dependência.

    Conclusão

    Compreender que a maior disfunção do dependente químico é a perda de controle permite uma abordagem mais empática, baseada em evidências científicas. A recuperação exige mais do que força de vontade: requer tratamento multidisciplinar, apoio terapêutico e um ambiente que favoreça o acolhimento e a reconstrução da autonomia.

  • Dependência Química: Quando o Corpo Fala o Que a Alma Cala

    Dependência Química: Quando o Corpo Fala o Que a Alma Cala

    Dependência Química: Quando o Corpo Fala o Que a Alma Cala

    Euzeni de Matos – Psicopedagoga, Neuropsicopedagoga e Psicanalista Clínica

    A dependência química é muito mais do que o uso frequente de drogas. Trata-se de um fenômeno complexo, muitas vezes invisível aos olhos, que revela sofrimentos profundos, dores emocionais e histórias que o corpo acaba expressando quando a alma silencia.

    Neste artigo, vamos entender o que é dependência química, quais são seus fatores, como a psicanálise enxerga essa condição e por que o tratamento exige acolhimento e escuta qualificada.


    O Que É Dependência Química?

    A dependência química é uma condição caracterizada pelo uso compulsivo de substâncias psicoativas, como:

    • Álcool
    • Cocaína
    • Maconha
    • Crack
    • Outras drogas lícitas ou ilícitas

    Mesmo diante de consequências negativas — como problemas de saúde, rupturas familiares ou dificuldades no trabalho — a pessoa não consegue interromper o uso. A substância passa a ocupar o centro da vida, interferindo diretamente no funcionamento físico, emocional e social.


    Entre o Prazer e a Dor: A Origem do Uso

    O primeiro contato com a substância pode ocorrer por diversos motivos:
    ➡️ Curiosidade
    ➡️ Pressão social
    ➡️ Busca por prazer
    ➡️ Desejo de pertencimento

    Com o tempo, o uso passa a cumprir uma função emocional: aliviar dores, angústias ou traumas psíquicos. Nesses casos, a droga se transforma em uma tentativa de silenciar o sofrimento interior — uma forma de lidar com o que não foi elaborado ou simbolizado.


    A Visão da Psicanálise Sobre a Dependência Química

    Sob o olhar da psicanálise, a dependência química é interpretada como uma forma de tamponar um vazio interno — um “furo” na estrutura psíquica. A substância atua como um objeto transicional, substituindo o que falta e ajudando o sujeito a lidar com algo que ainda não foi dito ou sentido.

    Ou seja, a droga aparece como um substituto simbólico para aquilo que não pode ser enfrentado conscientemente.


    Quais Fatores Podem Levar à Dependência Química?

    A dependência é multifatorial. Confira os principais fatores que podem estar envolvidos:

    🧬 Fatores Biológicos:

    • Predisposição genética
    • Alterações neuroquímicas no cérebro

    🧠 Fatores Psicológicos:

    • Experiências traumáticas
    • Transtornos mentais associados
    • Baixa autoestima e desamparo psíquico

    🌍 Fatores Sociais:

    • Exclusão social
    • Violência doméstica ou comunitária
    • Falta de vínculos afetivos e de suporte emocional

    É Possível Se Libertar da Dependência Química?

    Sim, é possível. Mas o processo exige um tratamento interdisciplinar, que envolva:

    • Acompanhamento médico e psiquiátrico
    • Psicoterapia (incluindo psicanálise)
    • Apoio social e familiar

    A psicanálise, em especial, oferece um espaço seguro para que a pessoa possa reconstruir sua história, dar novo sentido à dor e se reconectar com a vida — sem precisar da substância como apoio.


    A Importância de Uma Escuta Que Acolhe

    Tratar a dependência química não é repreender, e muito menos julgar. É acolher com empatia, entendendo que por trás do uso abusivo de substâncias, existe um sujeito tentando sobreviver.

    A dependência química não é uma falha de caráter. É um sintoma que precisa ser escutado com profundidade. É essencial oferecer um espaço terapêutico onde esse sofrimento possa ser elaborado e ressignificado.


    Conclusão: Cuidar da Alma Também É Parte do Tratamento

    Falar sobre dependência química é abrir espaço para compreender o sofrimento humano em sua totalidade. É reconhecer que, por trás de cada vício, existe uma história marcada por dor, perda, exclusão e tentativas de sobrevivência.

    A psicanálise permite que a pessoa encontre outras formas de lidar com o mal-estar, sem precisar recorrer à droga como muleta. Através da escuta, do acolhimento e do não julgamento, é possível promover uma verdadeira transformação.

    Mais do que tratar um vício, é preciso cuidar da alma.


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  • A Principal Disfunção do Dependente Químico: Perda de Controle e Prejuízo Funcional

    A Principal Disfunção do Dependente Químico: Perda de Controle e Prejuízo Funcional

    A Principal Disfunção do Dependente Químico: Perda de Controle e Prejuízo Funcional

    Por Jairo Telles – Terapeuta

    ✅ O que é a dependência química?

    A dependência química é um transtorno crônico caracterizado pelo uso compulsivo de substâncias, mesmo diante de consequências negativas em diversas áreas da vida. Trata-se de uma condição que afeta o funcionamento do cérebro, o comportamento e a capacidade de escolha consciente do indivíduo.

    Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), um dos critérios diagnósticos fundamentais do transtorno por uso de substâncias é justamente a incapacidade de controlar o consumo, mesmo com desejo ou tentativas repetidas de parar ou reduzir o uso.


    ⚠️ A perda de controle como disfunção central

    Essa perda de controle configura-se como a disfunção central do dependente químico. É o ponto de ruptura entre o uso ocasional e o uso compulsivo, marcando o momento em que o consumo deixa de ser uma escolha voluntária e passa a dominar o comportamento.

    De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-11) da Organização Mundial da Saúde (OMS), o transtorno é descrito como um “padrão de comportamento de uso de substâncias que resulta em comprometimento significativo do funcionamento pessoal, familiar, social, educacional, ocupacional ou de outras áreas importantes.”


    🧠 Impactos da disfunção na vida do dependente

    Além da compulsão pelo uso, essa disfunção central desencadeia uma série de prejuízos funcionais:

    • Danos cognitivos (comprometimento do julgamento, impulsividade, dificuldade de decisão)
    • Relações sociais deterioradas (isolamento, conflitos, afastamento familiar)
    • Abandono de responsabilidades (trabalho, estudos, cuidados com a casa e com os filhos)
    • Descuido com a saúde física e mental

    Como afirmam Inaba & Cohen (2011):

    “A dependência não é apenas uma questão de força de vontade ou moralidade, mas uma condição médica crônica que afeta o cérebro, o comportamento e o funcionamento do indivíduo.”


    🔍 A disfunção central e a perda da capacidade de escolha

    A maior disfuncionalidade no transtorno de dependência química é, portanto, a perda da capacidade de escolha consciente frente ao uso da substância. Esse estado de vulnerabilidade compromete o livre arbítrio e expõe o indivíduo a uma cadeia de consequências negativas que se manifestam em todas as áreas da vida.

    Essa compreensão é fundamental para quebrar estigmas, promover o acolhimento e incentivar abordagens terapêuticas eficazes, baseadas na ciência e na empatia.


    📌 Conclusão

    Entender que a dependência química é uma doença com base neurobiológica e comportamental — e que sua disfunção central é a perda de controle sobre o uso — é essencial para promover o tratamento adequado, fortalecer os vínculos familiares e construir um plano terapêutico que respeite o tempo, a dor e a dignidade do paciente.


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